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Participação no 1° turno da presidencial francesa está quase estável

A expectativa era de uma grande abstenção, mas a taxa de participaçã neste domingo (23), primeiro turno da eleição presidencial francesa, está quase estável. Ao meio-dia, ela foi de 28,54%, registrando uma leve alta em relação a 2012 e às 17h, de 69,42%, representando uma queda de quase um ponto se comparada à última eleição. A mobilização dos eleitores é uma das incógnitas desta eleição, considerada a mais imprevisível da história da 5ª República francesa, com quatro candidatos com chances de chegar ao segundo turno.

No continente americano, a participação pegou de surpresa os organizadores, provocando filas enormes e muita espera, como em Montreal.
No continente americano, a participação pegou de surpresa os organizadores, provocando filas enormes e muita espera, como em Montreal. REUTERS/Dario Ayala
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A taxa de participação registrada ao meio-dia foi uma das maiores dos últimos 40 anos na França, onde o voto não é obrigatório. Na última eleição, em 2012, 28,29% dos eleitores tinham votado até as 12h e 70,59% até as 17h. Os dados foram divulgados pelo ministério do Interior francês.

Em relação à eleição de 2007, a queda é um pouco mais significativa. Há dez anos, 31,21% dos eleitores já tinham votado até o meio-dia. Mas os observadores apontam uma forte mobilização nas 67 mil seções eleitorais neste domingo e a taxa de abstenção deve ficar entre 19 e 22%, inferior ao estimado inicialmente. Até agora, nenhum incidente grave foi registrado nos locais de votação que estão vigiados por um forte esquema policial. Quase 47 milhões de eleiotres estão inscritos para votar.

A taxa de participação é a única estatística que pode ser divulgada no dia da eleição. A divulgação de pesquisas de boca de urna é proibida na França pela lei eleitoral e o suspense sobre o resultado vai durar até as 20h em Paris, 15h em Brasília, horário de encerramento das últimas seções eleitorais.

Entre os onze candidatos, quatro despontam como favoritos nas pesquisas: o centrista Emmanuel Macron, Marine Le Pen da extrema-direita, o conservador François Fillon e Jean-Luc Mélenchon, da extrema-esquerda. Mas a diferença de pontos entre eles é tão pequena que é impossível prever com certeza quem irá se eleger ao segundo turno.

Grande mobilização dos franceses que moram no estrangeiro

Os franceses que moram no estrangeiro e em territórios ultramarinos, como a Guiana, Antilhas e Polinésia, começaram a votar no primeiro turno da presidencial no sábado (22), pro causa do fuso horário. No continente americano, a participação pegou de surpresa os organizadores, provocando filas enormes e muita espera, como em Montreal, por exemplo. Muitos dos quase 60 mil eleitores que moram na cidade canadense tiveram que esperar até três horas para votar.

O mesmo interesse está sendo constatado neste domingo em países europeus. Em Londres, onde moram 72 mil franceses, longas filas se formaram antes mesmo do início da votação, com um tempo de espera médio de duas horas. Em Belim, os eleitores também enfrentam fila de 200m e, ainda por cima, embaixo de chuva.

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