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França/eleições

Macron celebra vitória e é favorito a segundo turno na França

Em meio à polêmica sobre sua comemoração ao lado de celebridades em um restaurante em Paris, o candidato de centro e pró-europeu Emmanuel Macron, continua sendo o favorito para vencer sua adversária, a ultradireitista Marine Le Pen, no segundo turno das eleições presidenciais francesas, em 7 de maio.

O candidato centrista, Emmanuel Macron comemorou sua vitória em um restaurante chique da capital o La Rotonde, relembrando a mesma polêmica que causou o ex-presidente Nicolas Sarkozy quando ganhou às eleições em 2007.
O candidato centrista, Emmanuel Macron comemorou sua vitória em um restaurante chique da capital o La Rotonde, relembrando a mesma polêmica que causou o ex-presidente Nicolas Sarkozy quando ganhou às eleições em 2007. GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP
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De acordo com uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (24), Emmanuel Macron venceria a eleição contra Marine Le Pen no segundo turno, e obteria 61% dos votos válidos, contra 39% para Le Pen. Pela primeira vez, em quase 60 anos, não haverá representantes do Partido Socialista e do Os Republicanos, as duas forças políticas mais representativas no país.

Jovem e à frente de um novo movimento, o “Em Marcha”, Emmnanuel Macron, que não se considera nem de esquerda, nem de direita, ganhou a primeira etapa de uma disputa arriscada, isso sem nunca ter concorrido a uma eleição. "Em vosso nome, encarnarei (...) a voz da esperança para nosso país e para a Europa", declarou Macron, que se apresentou como o "presidente dos patriotas frente à ameaça dos nacionalistas".

"Os franceses expressaram seu desejo de renovação", declarou o ex-banqueiro. O presidente François Hollande, de quem foi ministro da Economia, telefonou para cumprimentá-lo. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, desejou "sorte para o futuro". Marine Le Pen, de 48 anos, qualificou o "resultado de histórico" e "uma etapa superada" para seu partido, Frente Nacional (FN).

Grande parte da classe política francesa, da ala direita e esquerda, pediu neste domingo (23) o apoio a Macron para evitar a chegada da extrema-direita ao poder, que beneficiou da onda populista que contribuiu para a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.

Polêmica comemoração

Antes mesmo de chegar ao poder, Macron já enfrenta sua primeira polêmica. Na noite deste domingo (23), depois de ter sua vitória no primeiro turno confirmada, o candidato do movimento “Em Marcha” decidiu comemorar o resultado no restaurante “La Rotonde”, no 14° distrito, ao lado de celebridades como a atriz francesa Line Renaud ou o economista Jacques Atali.

Rapidamente, nas redes sociais, surgiu a comparação com o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Eleito em 2007, ele celebrou a vitória no “Le Fouquet’s”, um restaurante chique situado na avenida Champs Elysées. Por conta dessas e outras, Sarkozy acabou ficando conhecido como um presidente burguês, “bling bling” em francês, que não escondia seus gostos sofisticados e um certo desprezo pelo povo.

Os partidários de Macron recusaram a comparação, já que o “La Rotonde” é um restaurante bem mais barato que o Fouquet’s. O candidato declarou que se tratava apenas de um momento de descontração ao lado de aliados.

 

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