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Em estado de emergência, França tem 2° turno sob esquema de segurança máxima

Neste domingo (7), o segundo turno da eleição presidencial da França obedece a um mega esquema de segurança. Segurança reforçada em todas as seções eleitorais de Paris, 50.000 policiais mobilizados, militares e alta vigilância durante as manifestações depois do resultado final.  

Milhares de policiais estão mobilizados neste domingo, 7 de maio de 2017, no segundo turno da eleição presidencial da França
Milhares de policiais estão mobilizados neste domingo, 7 de maio de 2017, no segundo turno da eleição presidencial da França Reuters/Charles Platiau
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"Os 50.000 policiais serão apoiados pelos militares da operação anti-terrorista Sentinela e por policiais municipais", informou o porta-voz do ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet. O objetivo é garantir a segurança nas áreas das seções eleitorais para intervir imediatamente, em caso de necessidade.

O atentado que tirou a vida de um policial em 20 de abril na avenida Champs-Elysées, e a prisão de um homem radicalizado, que certamente projetava um atentado perto de uma base militar na Normandia, comprovaram às autoridades que a ameaça terrorista "nunca foi tão forte durante esta campanha presidencial", a primeira da França organizada sob o regime de estado de emergência.

No domingo, 66.546 seções eleitorais abrirão às 8h (horário local) e fecharão às 19h. Em certas cidades maiores a votação pode se prolongar até 20h. Em Paris, o total das 896 seções, espalhadas em 585 locais, estarão guardadas por policiais municipais e agentes de segurança particulares.

Na região metropolitana, 12.000 policiais e militares estão mobilizados, dos quais 5.000 encarregados da segurança da votação e da ordem pública.

Manifestações e violência

As celebrações depois da divulgação do resultado também merecerão toda a atenção das autoridades. A equipe de Emmanuel Macron já anunciou que, em caso de vitória, vai festejar na esplanada do Louvre. Quanto a Marine Le Pen, não divulgou onde sua eventual vitória seria comemorada.

Uma célula de acompanhamento, igual à do primeiro turno, foi ativada no ministério do Interior para adaptar os dispositivos de segurança e prevenir e conter eventuais distúrbios da ordem pública.

Seja qual for o resultado de domingo, as forças da ordem já preveem atos de violência, principalmente de grupos ligados à esquerda ultrarradical.

"Podemos esperar movimentos violentos de descontentamento de militantes", afirmou em um comunicado o sindicato Alternativa Polícia, que pede aos membros das forças da ordem "muita prudência para não se expor". Na noite do primeiro turno (27), um protesto de centenas de jovens antifascistas em Paris, contra Emmanuel Macron e Marine Le Pen, acabou em confronto com a polícia. Seis policiais e três manifestantes ficaram feridos e 143 pessoas foram presas.

 

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