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Tabaco

Pobres fumam cada vez mais na França

 Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (30) aponta que o tabagismo continua estável na França, atingindo cerca de um terço da população. Porém, o consumo do cigarro no país estaria cada vez mais ligado à condição econômica dos indivíduos. Os dados são revelados na véspera do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta quarta-feira (31).

O consumo de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas a cada ano.
O consumo de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas a cada ano. REUTERS/David Mercado
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Em 2016, 34,5% dos franceses com idade entre 15 e 75 anos (38% dos homens e 31% das mulheres) afirmavam fumar todos os dias ou ocasionalmente. Segundo o mesmo estudo, divulgado pela Agência nacional de saúde pública, outras 29,6% das pessoas interrogadas se declaram ex-fumantes.

Esses números continuam estáveis desde 2010 e, apesar das diversas campanhas, a França ainda é um dos pais ocidentais com mais fumantes. Enquanto mais de um terço dos franceses fumam (28,7% diariamente), na Espanha e na Alemanha um quarto da população é adepta ao tabaco. Na Itália e na Grã-Bretanha cerca de 20% dos moradores fumam, enquanto nos Estados Unidos eles são ultrapassam 15%.

Quem tem diploma fuma menos

Além disso, os estudos recentes revelam que o uso do tabaco aumentou entre as pessoas sem diploma e com renda mais baixa. Já entre a parte da população com maior poder aquisitivo, fuma-se cada vez menos. Entre 2010 e 2016, os índices de tabagismo passaram de 35,2% para 37,5% entre os mais pobres e diminuiu de 23,5% para 20,9% entre as classes socio-econômicas mais altas.

A mesma dinâmica foi notada entre os franceses com mais ou menos nível de educação. Entre os que não têm nenhum diploma, o tabagismo passou de 34% para 38,9%, enquanto que entre os que detém um diploma superior o hábito de fumar diminuiu de 23% para 21,1%

Mas essa situação não parece ser uma especificidade francesa. Sem fazer distinção de países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (30) um comunicado não qual afirma que “o tabagismo afeta principalmente pessoas pobres e constitui uma causa importante de disparidades de saúde entre ricos e pobres”.

O consumo de tabaco mata mais de sete milhões de pessoas a cada ano – contra quatro milhões no início do século XXI – e custa aos governos mais de US$1,4 trilhão em gastos com saúde e perda de produtividade, de acordo com a OMS.

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