Salão de inovação em Paris celebra liderança francesa no setor
A abertura do Salão Viva Tecnologia (Viva Technology) nesta quinta-feira (15) em Paris é a principal manchete econômica da imprensa. A agência Reuters explica que a França tenta se impor na batalha travada entre as capitais europeias para atrair startups da área de novas tecnologias, impulsionada por um aumento dos investimentos de risco e o crescente interesse de investidores estrangeiros que apostam na presidência de Emmanuel Macron, um defensor do empreendedorismo.
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O diário econômico Les Echos, um dos patrocinadores do evento, destaca que 5 mil startups do mundo inteiro participam do salão em Paris. A inteligência artificial será o tema central desta segunda edição.
O brasileiro Edney de Souza, com 127 mil seguidores no Twitter, mais conhecido como “InterNey” no meio, considerado umas das 10 celebridades da internet brasileira, é apresentado pelos Les Echos como um dos embaixadores do salão. Programador desde os 13 anos, o brasileiro, hoje com 40, já fundou dezenas de startups. Agora oferece consultoria de marketing de conteúdo, é curador de eventos e dá aulas de pós-graduação, entre outras atividades.
Apoio público
Uma consultora do setor explica ao Le Figaro que a região parisiense oferece um ecossistema excepcional. São 10 mil startups instaladas, o que representa a maior concentração desse tipo de empresa na Europa, à frente de Londres, 850 laboratórios, 265 incubadoras e capital europeia número um em pesquisa e desenvolvimento.
A boa infraestrutura de transportes e telecomunicações, o preço muito competitivo da energia e pessoas de talento nessa área completam a lista de fatores que seduzem os estrangeiros. Só no ano passado, a região metropolitana de Paris levantou € 2,72 bilhões em investimentos no setor da inovação.
De acordo com a agência Reuters, Paris deve esse sucesso em grande parte ao BPI, o braço armado do Estado para financiar a inovação. Criado em 2012, esse banco estatal tornou-se o primeiro fundo de capital de risco. O diretor do BPI, Nicolas Dufourcq, conta que, na época, ninguém conhecia o setor, mas, quando o vento mudou de direção, a França já estava bem posicionada.
A saída do Reino Unido da União Europeia e as promessas de campanha do presidente Emmanuel Macron, que faz da revolução digital uma das apostas para a renovação do mercado de trabalho francês, devem ajudar a França, na opinião de analistas, a compartilhar a liderança mundial no setor ao lado do Sillicon Valley americano.
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