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França

Reabertura do Hotel Crillon, após reforma, mostra força do turismo de luxo em Paris

Depois do Plaza Athénée en 2014 e do Ritz no ano passado, o mítico Hotel Crillon, palácio na praça da Concórdia, em Paris, reabriu suas portas nesta quarta-feira (5) após mais de 4 anos de reforma.

O Hotel Crillon foi completamente renovado
O Hotel Crillon foi completamente renovado Divulgação
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A reinauguração mostra a força do turismo de luxo na capital francesa, que conta atualmente com 14 hotéis na categoria “palácio”. Esse selo, com critérios rigorosos, foi criado em 2010 pela Atout France, agência de desenvolvimento turístico do Ministério das Relações Exteriores, para diferenciar os estabelecimentos de super luxo dos “apenas” 5 estrelas.

Além dos requisitos (spa, academia, jardim, empregados trilíngues etc.), o hotel deve passar pela avaliação de uma comissão formada por personalidades do mundo da cultura e dos negócios. Esse grupo avalia a localização, a arquitetura, a decoração e a qualidade do serviço.

O Hôtel Crillon, de propriedade de um príncipe saudita, construiu um segundo subsolo para abrigar uma piscina e um spa. Além disso, restaurou minunciosamente afrescos, dourados e estuque originais do edifício construído em 1910.

O preço da diária varia entre € 1.200 e € 25 mil, para os quartos "super luxo", na cobertura, com vista para a praça da Concórdia.

Galeria e cinema

Entre os palácios, o Royal Monceau, reformado em 2010 pelo estrelado designer Philippe Starck, conta com galeria, livraria especializada e cinema. Já o George V tem suíte com solarium, terraço duplo e vista de 360 graus – além disso, possui três restaurantes com estrelas no Guia Michelin.

A maioria dos estabelecimentos pertence ao capital estrangeiro. O Shangri-La é de um bilionário de Hong Kong, o Royal Monceau e o The Peninsula, do fundo soberano do Catar, e o Le Meurice, do sultão do Brunei, por exemplo.

Segundo a revista do jornal Aujourd’hui en France, o número de quartos dos palácios deve chegar a 1.800 em 2018, contra 1.100 há 10 anos. Os hóspedes são 90% estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos e de países do Oriente Médio, e viajam geralmente a lazer.

“Nossos clientes vêm para fazer compras ou para grandes eventos, como desfiles de moda e a bienal de arte”, explica François Delahaye, diretor do Plaza Athénée.

Após a queda da taxa de ocupação devido aos atentados de 2015 e 2016, os palácios voltam a respirar mais tranquilos. No primeiro trimestre deste ano houve um aumento de 12%. “Os japoneses e os americanos começam a voltar”, diz Christophe Laure, presidente da seção de prestígio da União da Indústria Hoteleira.

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