Parlamentares franceses não poderão mais empregar familiares
A assembleia francesa votou nesta quinta-feira (27) a proibição do emprego de familiares próximos por parlamentares. Essa é uma das principais medidas do projeto de lei da chamada “moralização da vida pública”, lançado pelo presidente Emmanuel Macron. O Senado também já votou a favor do texto na noite do 12 de julho.
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A interdição era uma promessa de campanha de Macron, em resposta à polêmica dos supostos empregos fantasmas da família do ex-candidato à presidência François Fillon. A ideia é avançar ainda mais e incluir ministros e prefeitos no texto.
A partir de agora, ficará proibida a atribuição de empregos para familiares próximos, como conjugue, parceiro de Pacs (equivalente a uma união civil estável na França), concubinos e crianças. A pena para quem desobedecer a nova lei será de € 45 mil.
O emprego de parentes que tenham ligação familiar distante fica liberado, mas existirá a obrigação de uma declaração.
Reação dos políticos
François-Michel Lambert, deputado do partido República em Marcha (REM), de Macron, e cuja mulher está entre os seus colaboradores, manifestou descontentamento com o que ele chama de "reforma sob pressão dos jornais e das mentiras envolvendo a probidade dos eleitos". O parlamentar tentou, em vão, defender uma emenda que impeça o funcionamento da lei para aqueles que já trabalham. "São cerca de 100 pessoas, somente na Assembleia, que vão ter que reconstruir suas vidas por nenhuma razão", explicou.
Já a Ministra da Justiça Nicole Belloubet argumentou que o julgamento de contratos que já existem se explica por um “motivo de interesse geral”.
O texto deve ser adotado definitivamente no dia 3 de agosto.
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