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França encoraja China a intermediar conflito com Coreia do Norte

A China é um "país-chave" na resolução da crise norte-coreana e precisa se envolver mais em trazer Pyongyang de volta à mesa de negociações, declarou o chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, nesta sexta-feira (1°).

O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, durante entrevista à rádio francesa em 1° de setembro de 2017.
O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, durante entrevista à rádio francesa em 1° de setembro de 2017. Reprodução Youtube
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"É necessário que a China esteja presente, se eu puder usar um termo militar, nesta manobra diplomática com a Coreia do Norte”, afirmou o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, durante uma entrevista à rádio francesa RTL nesta sexta-feira (1°). Pyongyang disparou um míssil balístico de alcance intermediário na terça-feira (29), que sobrevoou o norte do Japão, antes de cair no Oceano Pacífico.

Jean-Yves Le Drian teme que, dentro de alguns meses, a Coreia do Norte possa disparar mísseis de longo alcance capazes de alcançar alvos em ambos os continentes americano e europeu. "Vemos um país que tem por meta desenvolver mísseis capazes de transportar ogivas nucleares. Quando isso acontecer, a Coreia do Norte terá os meios para atacar os Estados Unidos e até a Europa por meio de armas nucleares, e, em qualquer caso, pode atingir o Japão e a China, e a situação será explosiva", acrescentou o chanceler da França.

Preocupação da Rússia

O presidente russo Vladimir Putin expressou sua preocupação nesta sexta-feira sobre a escalada das tensões entre os EUA e a Coreia do Norte, alertando para a possibilidade de um "grande conflito" na península, enquanto Paris descreveu uma situação "muito séria". "Os problemas da região só devem ser resolvidos através do diálogo direto entre todas as partes interessadas, sem quaisquer condições prévias", declarou Putin em um comunicado emitido antes da reunião de cúpula do Brics, que começa neste domingo (3) na China.

"As provocações, a pressão e a retórica militar e insultante são um beco sem saída", acrescentou Putin, acrescentando que "esperar que apenas a pressão possa parar o programa nuclear e balístico de Pyongyang é uma suposição errônea e inútil ". O presidente russo alertou que a península coreana estava atualmente "à beira de um grande conflito", conclamando mais uma vez a comunidade internacional para apoiar o roteiro proposto por Moscou e Pequim para desarmar a crise.

Moscou e Pequim propuseram repetidamente uma "moratória" dupla para desmontar a crise com Pyongyang: a paralisação simultânea de testes nucleares e balísticos norte-coreanos, por um lado, e das manobras militares conjuntas entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, por outro.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, exortou nesta quarta-feira (30) seu homólogo norte-americano, Rex Tillerson, a não recorrer à força militar contra a Coreia do Norte, após o disparo de mísseis contra o Japão.

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