Macron garante apoio à luta contra EI em encontro com premiê iraquiano
Em visita a Paris, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou a liberação da cidade de Hawija ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5). Macron disse que a França manterá seu comprometimento militar no Iraque até a derrota completa do grupo Estado Islâmico (EI) e pelo tempo que o governo iraquiano considerar necessário.
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As forças iraquianas retomaram nesta quinta-feira o controle de Hawija, cidade de 70 mil habitantes, último reduto do grupo extremista Estado Islâmico no norte do Iraque. Com mais essa derrota, os jihadistas só controlam agora uma pequena área desértica no território iraquiano, na fronteira com a província síria de Deir Ezzor.
Nessa região, as tropas avançam mais lentamente, por causa das centenas de minas plantadas pelos jihadistas no deserto.
Acuados no Iraque e na Síria, os combatentes do grupo Estado Islâmico veem o califado, autoproclamado em 2014, ruir, diante das ofensivas lançadas tanto pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos quanto pela Rússia.
Curdistão independente?
Macron e al-Abadi também discutiram a situação no Curdistão. O líder iraquiano reafirmou que não deseja um conflito armado com os separatistas curdos, insistindo na importância da união territorial do Iraque, posição apoiada pelo presidente francês.
Haider al-Abadi afirmou que não queria um "confronto armado" com a região autônoma do Curdistão, que votou pela independência e pediu aos combatentes curdos peshmergas que continuem lutando ao lado das forças iraquianas. "Nós não queremos confrontos, mas a autoridade federal deve prevalecer", disse o primeiro-ministro iraquiano depois da reunião em Paris com Macron.
O referendo sobre a independência do Curdistão iraquiano, aprovado em 25 de setembro por uma esmagadora maioria, levou a uma grave crise entre Bagdá e a região curda. Desde então, a localidade foi submetida a um isolamento econômico pelo Estado iraquiano e pelos vizinhos Turquia e Irã, que temem que as minorias curdas presentes em seus países sigam o exemplo.
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