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LVMH

Bernard Arnault, o homem mais rico da França, é denunciado no Paradise Papers

Depois do piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton, da rainha da Inglaterra, Elizabeth Segunda, da cantora Shakira, e do ministro brasileiro da agricultura Blairo Maggi, agora é a vez de Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, número mundial do Luxo, ter seu nome ligado ao escândalo do Paradise Papers. As informações foram reveladas nesta quarta-feira (8) no jornal francês Le Monde.

Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, contesta as acusações de evasão fiscal.
Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, contesta as acusações de evasão fiscal. REUTERS/Benoit Tessier
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Segundo as denúncias divulgadas pelo vespertino, que faz parte do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês) que divulgou os Paradise Papers, Arnault teria colocado fundos em seis paraísos fiscais. Além disso, o empresário teria construído uma casa de 4.300 m² nos arredores de Londres, registrando o imóvel no nome de uma empresa fantasma na ilha de Jersey. A medida teria como objetivo evitar o pagamento de impostos.

A reportagem de página dupla traz uma foto da casa construída no Reino Unido e explica que apenas o terreno teria custado mais de € 11 milhões. A residência possui “quadras de tênis, salas de ginástica, piscina coberta e apartamentos independentes para os visitantes”, detalha o texto.

Em um comunicado enviado às agências de notícias, Arnault negou as acusações. “Todos os ativos citados nesse artigo (do Le Monde) foram constituídos de forma perfeitamente legal e são conhecidos das autoridades fiscais”, reagiu o empresário. Para ele, o vespertino estaria tentando criar um escândalo “usando seu patrimônio”.

Bilionário já foi criticado no passado

O bilionário, que representa a primeira fortuna francesa, é apontado pelo ranking da revista Forbes como o 11° mais rico do mundo. O grupo LVMH, do qual é acionista principal, é proprietário de algumas das maiores grifes de luxo do planeta, como Louis Vuitton, Christian Dior, ou ainda das marcas de champanhe Moët & Chandon.

Essa não é a primeira vez que Arnault é acusado de tentar evitar o pagamento de impostos. Após a eleição do presidente francês François Mitterrand, em 1981, o milionário se mudou para os Estados Unidos com a família, em sinal de desacordo com a política do novo chefe de Estado socialista. Já em 2012, após a eleição de François Hollande, que queria instaurar um sistema de encargos suplementar para os mais ricos, Arnault deu entrada no pedido de nacionalidade belga em uma atitude vista como uma tentativa de burlar o fisco francês.

Após ter sido denunciado, o milionário retirou sua demanda de naturalização. Na época, ele disse em uma entrevista, também ao Le Monde, que havia subestimado as consequências de seu ato.

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