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Música

Homenagem ao roqueiro Johnny Hallyday reúne milhares de fãs em Paris

Apesar do frio, uma multidão de fãs do roqueiro francês Johnny Hallyday lotou a avenida dos Champs Elysées em Paris, desde as primeiras horas da manhã deste sábado (9), para uma homenagem popular ao cantor morto na última quarta-feira, aos 74 anos.

Fãs de Johnny Hallyday enfrentam o frio para prestar uma última homenagem ao cantor morto na quarta-feira.
Fãs de Johnny Hallyday enfrentam o frio para prestar uma última homenagem ao cantor morto na quarta-feira. REUTERS/Pascal Rossignol
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Fãs do ídolo, conhecido como o Elvis Presley francês, viajaram de todas as regiões da França para a capital, a fim de se despedir do cantor ao som de muito rock'n roll. O cortejo fúnebre com o corpo de Johnny Hallyday percorreu a avenida cartão postal de Paris, do Arco do Triunfo até a praça da Concórdia, acompanhado por 700 a 800 motociclistas pilotando suas Harley Davidson, uma paixão do músico. Cerca de quinze batedores da Guarda Republicana protegiam o carro funerário.

Às 13 horas, 10h pelo horário de Brasília, uma missa de corpo presente na Igreja da Madalena reunirá 1.100 personalidades – familiares, artistas, amigos do cantor e políticos. O presidente Emmanuel Macron fará um breve discurso na Igreja. Estarão presentes também os ex-presidentes François Hollande e Nicolas Sarkozy, além do primeiro-ministro, Édouard Philippe, e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

A imagem do cantor na fachada da Igreja da Madalena em Paris.
A imagem do cantor na fachada da Igreja da Madalena em Paris. REUTERS/Pascal Rossignol

Em um programa de rádio, nesta manhã, o primeiro-ministro disse que Johnny Hallyday representa "uma figura da cultura popular francesa, formadora da identidade dos franceses". Desde ontem, a prefeitura de Paris se associou à homenagem e exibe na fachada da Torre Eiffel a frase "Obrigada Johnny".

A homenagem foi planejada pelos filhos mais velhos do cantor, a atriz Laura Smet e o também músico David Hallyday, de acordo com desejos manifestados por ele antes do falecimento. Durante 40 minutos, a banda do roqueiro tocará ao vivo, na fachada da Igreja da Madalena, sucessos do roqueiro, mas sem a voz, agora ausente.

Em todo o país, motoqueiros e fãs se reúnem nas principais cidades francesas para prestar homenagens ao ídolo. Sucessos do cantor serão ouvidos hoje nos estádios de futebol, antes do início dos jogos da 17ª rodada do Campeonato Francês, assim como nas partidas da segunda divisão.

Segurança reforçada

Em Paris, o esquema de segurança envolve 1.500 policiais, muitos à paisana, além de helicópteros e atiradores de elite posicionados em locais estratégicos ao longo do trajeto. Cinco estações do metrô entre a praça Charles de Gaulle Etoile e a praça da Madalena foram fechadas. Telões das emissoras de TV transmitem ao vivo as manifestações.

Centenas de motociclistas pilotando suas Harley-Davidson, uma das paixões de Johnny Hallyday, descem a avenida Champs Elysées em Paris acompanhando o carro funerário com o caixão do cantor.
Centenas de motociclistas pilotando suas Harley-Davidson, uma das paixões de Johnny Hallyday, descem a avenida Champs Elysées em Paris acompanhando o carro funerário com o caixão do cantor. REUTERS/Gonzalo Fuentes

O roqueiro será sepultado na segunda-feira (11), na ilha de Saint Barthélemy, onde a família tem uma casa no Caribe. Ele morreu devido a um câncer de pulmão.

Apesar da doença, Johnny Hallyday não jogou a toalha. Em junho e julho voltou aos palcos ao lado dos amigos Jacques Dutronc e Eddy Mitchell para a turnê "Velhos canalhas". Apesar do aspecto debilitado em consequência da quimioterapia nos primeiros shows, o cantor pareceu ganhar força com a energia do público. Após 57 anos de carreira, o artista permanecia na ativa e estava trabalhando em um novo álbum.

100 milhões de discos vendidos

Com mais de 100 milhões de discos vendidos, "o ídolo dos jovens" – e mais tarde dos menos jovens – atravessou todas as épocas: o início do rock'n'roll, quando era considerado um "Elvis Presley francês", o agitado fim dos anos 1960 e períodos mais "mainstream", ao lado de Michel Berger ou Jean-Jacques Goldman na década de 1980. Nos últimos anos retornou, feliz, às origens do blues e do rock.

Desde sua primeira canção gravada em 1960, "T'aimer follement", o roqueiro teve uma série de hits, como "Souvenirs souvenirs", "Le Pénitencier", "Noir c'est noir", "Retiens la nuit", "Que je t'aime", "Gabrielle" e "Ma gueule", entre outros.

Hallyday é um monumento da música francesa. Um artista que se transformava ao subir no palco e levou gerações ao delírio, dono de um estilo único.

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