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França/atentado

Policial francês que morreu para salvar refém em atentado receberá homenagem nacional

A França continua de luto depois do atentado ocorrido na sexta-feira (23) no sudoeste do país, deixando quatro mortos e 15 feridos. Uma missa em homenagem às vítimas acontece neste domingo (25) na igreja de Saint-Etienne de Trèbes, onde ocorreu o ataque ao supermercado Super U. O policial que morreu para salvar uma refém receberá uma homenagem nacional.

O presidente Emmanuel Macron durante a reunião do Conselho de Defesa do governo francês, neste sábado
O presidente Emmanuel Macron durante a reunião do Conselho de Defesa do governo francês, neste sábado (Foto: Reuters)
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O presidente francês Emmanuel Macron declarou neste sábado (24) que o país organizará uma homenagem nacional para o oficial Arnaud Beltrame, em reconhecimento ao seu ato heróico. A data ainda não foi confirmada. O anúncio foi feito depois de uma reunião do Conselho de Defesa do governo, que aconteceu a portas fechadas no palácio do Eliseu, a sede da presidência francesa em Paris.

Durante o encontro, Macron também pediu aos secretários de segurança pública das regiões do país que convocassem os responsáveis pelo acompanhamento de franceses adeptos do Islã radical, para lembrar "as regras de vigilância" necessárias à prevenção dos atentados.

O ataque aconteceu nesta sexta-feira. Depois de roubar um carro, ferir o motorista e matar o passageiro, e atirar em um grupo de policiais que treinava perto de um quartel, o jihadista Radouane Lakdim invadiu o supermercado Super U em Trèbes, matando três pessoas. Entre elas, o policial Arnaud Beltrame, 45 anos, que se entregou ao terrorista para salvar uma refém que estava sendo usada como escudo humano.

Atingido por tiros, ele não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital neste sábado (24), provocando uma grande comoção nacional. Neste sábado, em frente à delegacia onde trabalhava o policial, diversos moradores vieram depositar flores em sua memória.

Explosivos artesanais

A polícia tenta esclarecer a motivação do ataque, já que Lakdim, apesar de ser monitorado por radicalização islâmica, não tinha um comportamento que denunciasse a intenção de realizar um atentado. Neste sábado, os legistas encontraram dentro do supermercado onde ocorreu o ataque três explosivos de fabricação artesanal, um revólver e uma faca.

Duas pessoas já foram detidas para interrogatório: a companheira do jihadista, de 18 anos, e um menor, que aparentemente era cúmplice do terrorista. Radouane Lakdim, naturalizado francês em 2004 e nascido no Marrocos, se apresentou como um “soldado do grupo Estado Islâmico”. O grupo reivindicou o ataque. Em sua casa, no sul de Carcassone, a polícia também encontrou textos citando o grupo EI, que pareciam com um testamento.

Trump manifesta solidariedade

A França, visada pela sua participação na coalizão militar internacional no Iraque e na Síria, está sob ameaça terrorista desde a onda de atentados jihadistas que deixou 245 mortos em janeiro de 2015.

Ontem, o presidente americano Donald Trump prestou sua solidariedade ao governo francês, qualificando o ataque de “horrível”. O presidente francês respondeu em um tweet, em inglês, declarando que a “França e os Estados Unidos se unem com seus aliados contra o terrorismo”.

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