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França

Sorbonne: cerca de cem policiais desocupam Faculdade de Tolbiac

Mais de cem policiais desalojaram cerca de 40 estudantes que ocupavam a faculdade de Tolbiac, da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, nesta sexta-feira (20) pela manhã. Lugar emblemático da mobilização contra a reforma do acesso à universidade, a faculdade estava ocupada havia três semanas.

Universidade de Tolbiac desocupada neste 20 de abril de 2018
Universidade de Tolbiac desocupada neste 20 de abril de 2018 Stéphane Lagarde/RFI
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Pelo menos cem policiais entraram no local às 5 da manhã, uma torre de 22 andares ocupada desde 26 de março, fazendo, inclusive, a limpeza de garrafas de vidro e outros objetos usados como projéteis, em uma atmosfera muito tensa. Uma hora mais tarde, a operação foi concluída na famosa faculdade parisiense.

Entre os estudantes que ocuparam as instalações por três semanas, os que estavam de prontidão deram o alarme para acordar o auditório onde seus camaradas estavam dormindo. Havia cerca de 40 ocupantes, de acordo com testemunhas. Todos foram pegos de surpresa.

"O que me alertou - eu estava dormindo - é que as pessoas gritavam: ‘A polícia taí!’", testemunhou um estudante. “Então fomos acordar o anfiteatro onde as pessoas estavam dormindo. Nós acordamos todo mundo, mas fomos pegos de surpresa, na verdade.”

“Nós dissemos a nós mesmos que isso iria acontecer às 7 da manhã. Ficou claro que iria acontecer no último dia de aula, porque hoje era o último dia de aula. Francamente, estou enojado com o que aconteceu. Fazia três semanas desde que estávamos aqui”, disse um dos estudantes.

"Não vamos deixar passar"

“Mas não vamos deixar passar. E se não pudermos voltar a Tolbiac, iremos para outro lugar, uma outra faculdade. Isso é certo, é claro e nítido", continuou.

O número de detenções permanece desconhecido. E em seguida à desocupação do prédio, pequenos grupos de estudantes se reuniam em frente ao local para denunciar essa evacuação.

Mas se o bloqueio de Tolbiac foi levantado, outras faculdades francesas ainda permanecem parcial ou completamente bloqueadas. Este é particularmente o caso da Rouen-Normandie.

Seu presidente, Joel Alexandre, é um dos signatários de um manifesto publicado no site do jornal Le Monde, que pede ao governo que abra negociações.

Eles exigem formas de evitar o "fracasso" da lei "Orientação e sucesso dos estudantes", chamada lei ORE, em francês, que muda as regras de acesso à universidade.

"Dada a forma como hoje, após três semanas de movimento, as coisas estão acontecendo, acho que há elementos reais que provavelmente devem ser corrigidos", afirmou o reitor da Universidade de Rouen-Normandy.

“Devemos também ouvir os jovens, suas preocupações. Acho que é hora de colocar de volta o diálogo na mesa e o problema é que, atualmente, fazemos isso mais por meio da imprensa", concluiu o reitor.

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