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França

Terrorista que matou pedestre em Paris é um francês nascido na Chechênia

O homem armado com uma faca que matou um pedestre de 29 anos na noite de sábado (12) no centro de Paris e deixou outras quatro pessoas feridas, antes de ser morto pela polícia, foi identificado. O agressor é Khamzat Azimov, um jovem francês de 20 ou 21 anos, nascido na Chechênia em 1997. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque, ocorrido no bairro da Ópera, área movimentada por seus teatros, cafés e restaurantes.

Peritos trabalham na coleta de indícios para a investigação do ataque que deixou um morto na noite de sábado na rua Monsigny, no 2° distrito de Paris.
Peritos trabalham na coleta de indícios para a investigação do ataque que deixou um morto na noite de sábado na rua Monsigny, no 2° distrito de Paris. REUTERS/Reuters TV
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O terrorista usava uma barba longa, sinal comum entre fundamentalistas, mas não tinha antecedentes judiciais. Desde 2016, no entanto, ele estava inscrito num dos cadastros dos serviços de inteligência sob a ficha "S", ou seja, um indivíduo que deve ser monitorado. De família russa, Azimov se naturalizou francês em 2010. Os pais do jovem foram detidos para interrogatório e permanecem sob custódia da polícia neste domingo (13).

Segundo declarou uma "fonte de segurança" do EI à agência de propaganda do grupo Amaq, "a operação foi realizada em resposta aos chamados a tomar como alvo os Estados da coalizão" e o agressor "era um soldado do Estado Islâmico".

Ao atacar os pedestres, o terrorista gritou 'Alá é grande', mas até o momento os investigadores franceses não encontraram um indício que prove que ele tenha jurado lealdade ao EI. A polícia abriu uma investigação por assassinato e tentativa de assasinato em conexão com uma ação terrorista.

Os quatro feridos no ataque – duas mulheres de 26 e 54 anos e dois homens de 34 e 31 anos – estão fora de perigo. O ferido de 34 anos ingressou no hospital Georges Pompidou (zona oeste) "em estado de emergência absoluta", mas foi operado e pôde ser salvo.

'Preço do sangue'

A França pagou "de novo o preço do sangue", reagiu o presidente francês, Emmanuel Macron, assegurando que o país não cederá "nem um milímetro ante os inimigos da liberdade".

O ministro do Interior, Gérard Collomb, elogiou no Twitter "o sangue frio e a capacidade de resposta da polícia", que chegou ao local quatro minutos após o primeiro chamado de socorro e matou o terrorista em cinco minutos. "Meus primeiros pensamentos são para as vítimas deste ato atroz", lamentou Collomb.

O ministro do Interior faz uma reunião do Estado-Maior na manhã deste domingo em Paris.

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