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França/greve

França: funcionários públicos organizam terceira greve contra governo Macron

Nove sindicatos convocaram manifestações em todo o país nesta terça-feira (22) para protestar contra medidas de economia propostas pelo presidente francês, que anunciou um corte de 120 mil vagas até 2022.

Governo Macron enfrenta terceira greve de funcionários públicos contra reformas. Manifestantes com a faixa: "Não à destruição do serviço público". 14/05/18
Governo Macron enfrenta terceira greve de funcionários públicos contra reformas. Manifestantes com a faixa: "Não à destruição do serviço público". 14/05/18 REUTERS/Benoit Tessier
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Cerca de 140 protestos estão previstos nesta terça-feira em todo o país. Pela primeira vez, os dirigentes das principais centrais sindicais francesas desfilarão juntos em Paris. Entre eles estão Philipe Martinez (CGT), Pascal Pavageau (FO), Laurent Berger (CFDT), Luc Bérille (Unsa) e Philippe Louis (CFTC).

O cortejo deixará a praça da República, no centro da capital francesa, às 14h no horário local. A mobilização vai afetar os setores da educação, transportes, creches, hospitais e empresas públicas de comunicação. Também é esperada a adesão dos funcionários dos correios e de outros setores que devem ter diminuição do número de vagas.

No setor aéreo, a Direção Geral da Aviação Civil pediu às companhias aereas que cancelem 20% dos voos previstos nesta terça-feira no aeroporto de Orly, em Paris, Marselha e Lyon.

Projeto de lei deve favorecer cortes

Mais de 320 mil pessoas participaram da última greve nacional na França, no dia 22 de março. O país conta com cerca de 5,7 milhões de funcionários. As organizações sindicais denunciam “ataques sem precedentes contra o governo e os agentes públicos" desde que o presidente Emmanuel Macron chegou ao poder, em maio de 2017.

Muitas das mudanças na legislação foram feitas a base de decretos, recurso que deveria ser excepcional, o que provocou o descontentamento de vários setores. Empresas como a companhia de trens SNCF, por exemplo, já anunciou até junho, e talvez até julho ou agosto, paralisações intermitentes para protestar contra o governo. O movimento prejudica o cotidiano dos franceses, que utilizam, na sua maioria, os transportes públicos para ir ao trabalho.

Cerca de 49% dos franceses não apoiam essa nova jornada de mobilização dos funcionários, de acordo com uma pesquisa da agência ViaVoice para o jornal Le Figaro, BFM Business e HEC Paris publicada nesta terça-feira (22).

Além dos cortes de milhares de vagas, os sindicatos criticam o excesso de terceirizações de cargos, a introdução de uma remuneração baseada no mérito e a organização de planos de demissão em massa. O governo discute as medidas com os sindicalistas desde março. Um projeto de lei para efetivar as medidas está previsto para o primeiro semestre de 2019.

 

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