Deputados franceses aprovam a proibição de celulares nas salas de aula
A partir de setembro, quando começa o ano escolar na França, os telefones celulares serão proibidos dentro das salas de aula de ensino fundamental. A medida, aprovada pelos deputados nesta terça-feira (29), fazia parte das promessas de campanha do presidente francês Emmanuel Macron. No entanto, exceções estão prevista para os alunos do ensino médio.
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O texto prevê que “a utilização de telefones celulares pelos alunos é proibida nas escolas maternais, elementares e colégios”, equivalente francês do ensino fundamental. O projeto ainda deve ser discutido novamente na sessão de 7 de junho, mas já começou a ser adotada pelas escolas.
A restrição também se aplica às atividades fora das classes, como as aulas de educação física. Além dos telefones, foram banidos todo tipo de aparelho conectado, como os tabletes. O texto prevê exceções para crianças portadoras de deficiência e com necessidades pedagógicas específicas.
Mais da metade das escolas francesas já integraram a nova regra em seus regulamentos. A principal sanção prevista para os alunos que não respeitarem a regra é o confisco do aparelho, que só será devolvido aos pais. Mas segundo o ministro francês da Educação, Jean-Michel Blanquer, cada escola terá a liberdade de escolher as modalidades de aplicação da medida. Alguns estabelecimentos vão estocar os telefones em um armário fechado, enquanto outros poderão proibir a entrada dos aparelhos no estabelecimento.
Medida contra assédio online
De acordo com Philippe Vincent, do SNPDEN, um dos principais sindicatos de diretores de escolas, a medida tem como objetivo limitar a falta de concentração que os aparelhos podem provocar nos alunos. Outro aspecto alegado é o assédio via redes sociais. Porém, os autores do texto concordam que esse tipo de problema não acontece apenas nas salas de aula e que os alunos perseguidos pela internet o são também fora das escolas.
Os deputados propõem ainda a implementação de formações para que os alunos aprendam o “uso responsável” das ferramentas digitais. O texto faz referência ao “respeito à liberdade de opinião e à dignidade humana”.
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