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França/Copa do Mundo

Do Mali ao Senegal, famílias e fãs torcem pela seleção francesa e seus jogadores africanos

Reportagem da RFI em vários países africanos mostra que final contra a Croácia neste domingo (15), em Moscou, desperta o interesse do continente, que se vê representado na equipe dos Bleus

Samuel Umtiti, zagueiro da seleção francesa
Samuel Umtiti, zagueiro da seleção francesa REUTERS/Lee Smith
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Dos 11 titulares da seleção francesa, cinco têm origens africanas. “É o sexto país africano da competição”, resume um fã de futebol, entrevistado no Senegal pelo correspondente da RFI em Dakar, Guillaume Thibault, citando Mbappé, Kanté e Pobga, três dos melhores jogadores do mundo. O tema foi abordado com naturalidade pelo técnico dos franceses, Didiers Deschamps, neste sábado (14), durante uma coletiva de imprensa.

“A equipe francesa tem jogadores de origem africana e dos territórios ultramarinos. Isso sempre foi uma riqueza para o futebol e para todos os esportes franceses. Todos são franceses e têm orgulho de ser franceses. Mas é evidente que por conta dessa origem, da infância, dos amigos e da família que eles têm em diferentes países, existe um apego”, explicou Deschamps. “Há um orgulho da parte de todas as pessoas que vivem nesses países em vê-los jogar a final da Copa do Mundo”, explicou o técnico francês.

“Pena que Umtiti não jogue pelos Camarões”

Esse orgulho é visível. Em Yaundé, capital da República dos Camarões, o jovem Bertrand, um jogador amador, disse ao correspondente da RFI Polycarpe Essomba que é fã de Samuel Umtiti, originário do país. O zagueiro do Barcelona é titular da seleção francesa há dois anos. “Aprecio sua calma. Ele não fala muito, mas quando intervém, está certo de sua jogada”, analisa.

Hervé, um outro jogador amador, lamenta que Umtiti, que é camaronense de nascença, não jogue pela equipe do país. “É uma pena que não possamos vê-lo usando a camiseta verde-vermelha-amarela”, diz. Bertrand considera que a escolha do craque francês é racional, e ele não teria o mesmo destaque de hoje.

Em Conacri, na República da Guiné, o correspondente da RFI, Mokhtar Bah, entrevistou a família de Paul Pogba. Eles preferem esperar pelo resultado antes de comemorar. Mas em todo o país, parentes e amigos rezam para que o “pequeno Paul” levante a taça do Mundial. O tio dele, irmão mais novo de sua mãe, diz que “ninguém vai se estressar. Como ele mesmo diz, está confiante e fará tudo para que tudo dê certo”, conclui. "Eperamos que ele tenha sorte."

2 a 1 para a França

E no Mali, país do impressionante N’Golo Kanté? O correspondente Serge Daniel conversou com os fãs na capital Bamako, que brincam dizendo que consideram a final como um jogo entre “o Mali e a Croácia”. Segundo eles, “com Mbappé e Matuidi, entre outros, a seleção francesa representa um pouco a África”. Os malinenses apostam na vitória da França por 2 a 1.

 

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