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Atentado de Estrasburgo expõe risco permanente da França ao terrorismo

A polícia francesa segue mobilizada na noite dessa quarta-feira (12) na captura do autor do ataque sangrento à feira de Natal de Estrasburgo, ocorrido na noite de ontem. Mais de 700 homens, incluindo agentes de inteligência, procuram pelo homem que “semeou o terror” no tradicional mercado da cidade do leste da França, segundo as palavras do ministro do Interior francês Christophe Castaner, ao disparar com uma pistola automática contra diversas pessoas antes de ser ferido por militares da Operação Sentinela e fugir.

700 homens das forças de segurança procuram o autor do atentado em Estrasburgo.
700 homens das forças de segurança procuram o autor do atentado em Estrasburgo. REUTERS/Vincent Kessler
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O homem identificado como Chérif Chekatt, de 29 anos, “é conhecido há muito tempo da justiça”, disse Castaner ao ser questionado pela Assembleia Nacional. “Desde os 10 anos, ele tinha um comportamento que já revelava sua inclinação para crimes. Chekatt teve sua primeira condenação aos 13 anos e aparece em 67 boletins de ocorrência por comportamento violento”, informou o ministro.

Porém, se Chérif Chekatt esteve envolvido em inúmeros casos de roubos e destruição de patrimônio na França e na Alemanha, onde já foi preso, esse radical “nunca fora identificado em delitos ligados ao terrorismo”, informou o secretário de Estado do Interior, Laurent Nuñes, desmentindo a informação de que o atirador teria tentado ir para a Síria.

Alemanha e Suíça reforçaram suas fronteiras na tentativa de capturar o assassino. O Ministério Público de Paris abriu uma investigação por assassinatos, tentativas de assassinatos ligados a grupo terrorista e associação para o terrorismo.

A França na mira do terror

A França vive sob ameaça terrorista elevada desde o início de uma onda de atentados jihadistas sem precendentes, que já fez 246 mortos desde 2015.

O presidente da República, Emmanuel Macron, lembrou que “a ameaça terrorista sempre esteve no coração da vida da nação”, segundo informou o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, na saída do Conselho de ministros nesta quarta-feira.

Até o momento, Macron não fez nenhuma declaração pública, com exceção de um tuíte enviado a 01h55min da madrugada de hoje no qual exprimiu a “solidariedade da Nação inteira por Estrasburgo, às vítimas e seus familiares”.

Diante da Assembleia Nacional, que prestou um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no atentado, o primeiro-ministro Edouard Philippe exprimiu “a emoção, a cólera e a determinação conjunta do povo francês” frente a mais “esse ataque terrorista”.

Torre Eiffel apagada

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou pelo Twitter que a Torre Eiffel será apagada à meia-noite em homenagem às duas pessoas que morreram e uma terceira que teve morte cerebral confirmada após o atentado. Hidalgo também expressou seu apoio aos parentes das vítimas e à população de Estrasburgo. O monumento emblemático de Paris é regularmente apagado em tributo à vítimas de atentados em todo o mundo.

Mercado de Estrasburgo fechado

A feira de Natal de Estrasburgo continuará fechada nessa quinta-feira, após o ataque que deixou mortos e 12 feridos. Num comunicado nessa quarta-feira, a prefeitura anunciou que os shows e eventos previstos para ao local foram cancelados. Contudo, os demais espaços culturais e esportivos da cidade, assim como parques e praças abrirão normalmente amanhã, assim como escolas e outros locais de lazer.   

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