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França / Atentados de Paris / Charlie Hebdo

França prende jihadista que pode estar ligado a atentado de Charlie Hebdo

A ministra da Defesa, Florence Parly, confirmou nesta sexta-feira (21) a prisão de um dos jihadistas mais procurados pela França, Peter Cherif, amigo próximo dos irmãos Kouachi, autores do atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro de 2015. Ele foi preso no último domingo (16) em Djibuti, na África.

Um croquis da audiência do jihadista Peter Cherif durante julgamento em 2011.
Um croquis da audiência do jihadista Peter Cherif durante julgamento em 2011. BENOIT PEYRUCQ / AFP
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“É uma excelente notícia porque esse terrorista teve um papel importante na organização do atentado contra o Charlie Hebdo”, disse Parly, durante entrevista à rádio RTL. “Isso prova que a luta contra o terrorismo é um trabalho a longo prazo e que quando se mantém o compromisso e a determinação, os resultados aparecem”, completou.

No entanto, fontes judiciais contradisseram a ministra, afirmando que Peter Cherif não está sendo investigado no caso Charlie Hebdo, apesar de ter tido um mandado de prisão internacional expedido contra ele. “Dizer que alguém é o possível mandante de um crime, sem apresentar todos os elementos que sustentem essa tese, é perturbador para as vítimas”, disse o advogado Antoine Lecomte, que defende familiares que perderam entes queridos nos ataques de janeiro de 2015.

Investigação de Charlie Hebdo foi encerrada

A investigação desses ataques, que além da redação do jornal satírico, envolveram o assassinato de uma policial em Montrouge e diversas mortes no supermercado judeu Hyper Cacher, foram encerradas recentemente.

A procuradoria de Paris anunciou nesta sexta-feira ter indiciado 14 pessoas, por envolvimento, em diversos níveis, nesses atentados. Inclusive três pessoas que fugiram para Síria e que tiveram mandados de prisão expedidos pela justiça.

Condenado a 15 anos em Bagdá

Além de ser amigo dos irmãos Kouachi, esse homem de 36 anos, ex-delinquente convertido ao Islã radical, também fez parte de um grupo extremista criado em uma região de Paris (Buttes-Chaumont), antes de se juntar à Al-Qaïda, no Iraque. Caso aceite cooperar com a justiça francesa, Peter Cherif pode ser uma fonte importante de informações para os serviços de inteligência do país.

Cherif também está na lista negra de “combatentes terroristas estrangeiros” dos Estados Unidos. Ele foi preso uma primeira vez em Falloujah, no Iraque, em 2004, quando fez parte da Al-Qaïda, e foi condenado a 15 anos de prisão em Bagdá. Em 2007, ele conseguiu fugir para a Síria. Na sequência, ele foi extraditado para a França, onde ficou preso por 18 meses. Ele havia desaparecido em março de 2011, no último dia de seu processo em Paris, quando fugiu em direção ao Iêmen.

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