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Morre escritor israelense Amos Oz

O célebre escritor israelense Amos Oz, defensor da paz e cuja autobiografia romanceada "Uma história de amor e trevas" se converteu em um sucesso mundial, morreu nesta sexta-feira (28) aos 79 anos, anunciou sua filha. Fania Oz-Salzberger informou pelo Twitter que seu pai faleceu em consequência de um câncer e expressou sua gratidão a seus admiradores.

Amos Oz, na Alemanha, em 14 de março de 2013
Amos Oz, na Alemanha, em 14 de março de 2013 AFP PHOTO / Marc Tirl
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A morte de Amos Oz é "uma perda para todos nós e para o mundo", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon. Amos Oz nasceu em Jerusalém em 4 de maio de 1939, em uma família de origem russa e polonesa.

Aclamado como o "Camus israelense", o escritor, fervoroso ativista da paz em relação aos palestinos, denunciou nos últimos anos a política do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, protestando contra o que ele descreveu como "extremismo crescente do governo".

Autor e militante

Vencedor do prestigioso Prêmio Goethe em 2005, na Alemanha, o escritor também recebeu o Prêmio Israel de Literatura em 1998, o Prêmio Mediterrâneo (Estrangeiro) em 2010 e o Prêmio Franz Kafka em 2013. Casado e pai de três filhos, Amos Oz foi muito apreciado por israelenses, especialmente por seu humor.

“Após o suicídio de minha mãe [1954], me rebelei contra o mundo dos livros, esse universo das bibliotecas e das palavras dentro do qual eu me afundava”, disse o escritor em 2004. Ele acabou voltando aos braços da literatura em 1966, com seu primeiro romance, além de publicar vários artigos, ensaios e outros livros.

Após ter participado da Guerra dos Seis Dias em junho de 1967, Amos Oz militou contra a anexação dos territórios palestinos. Em 1978, ele fundou a organização “A Paz Agora”, a primeira associação israelense a fazer oposição à colonização dos Territórios Palestinos. “A paz não é somente possível, ela é inevitável, porque nós não temos mais nenhum lugar para ir e nem os palestinos”, afirmou, em 2016, durante a homenagem fúnebre a seu amigo, Shimon Peres, Nobel da Paz.

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