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França/coletes amarelos

"Coletes amarelos" organizam nova manifestação em Paris

Depois da prisão de Eric Drouet, um dos representantes do movimento de contestação francês, os “coletes amarelos” voltam às ruas neste sábado em toda a França para mais um protesto contra o governo do presidente francês Emmanuel Macron.

"Coletes amarelos" protestam na avenida Champs Elysée.
"Coletes amarelos" protestam na avenida Champs Elysée. Yellow vest protestors hoist an effigy in front of The Arc de Tr
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Na capital francesa, a Secretaria de Segurança Pública de Paris autorizou duas manifestações. A primeira acontece em frente ao Hotel de Ville, sede da prefeitura da cidade. O cortejo caminhará até a Assembleia Nacional. O segundo protesto , como nos finais de semana anteriores, será na avenida Champs Elysées, onde os "coletes amarelos" começaram a se concentrar logo de manhã.

O chamado “Ato 8”, dizem os manifestantes, visa “desafiar o governo”, que pediu um “retorno à ordem” depois de um mês e meio de protestos que enfraqueceram o chefe de Estado francês. Segundo o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, “aqueles que ainda continuam mobilizados são agitadores que buscam a Insurreição e derrubar o governo.”

De acordo com uma informação divulgada pela rádio francesa France Info, em um telegrama de 29 de dezembro, o ministro do Interior, Christophe Castaner, pediu aos secretários de Segurança Pública das regiões francesas que continuassem a evacuar, ainda que à força, pontos bloqueados em diversas rodovias do país.

Para evitar novos tumultos, o governo mobilizou 3600 policiais da tropa de choque, além do restante do contigente que estará a postos para evitar tumultos. Alguns integrantes do movimento sugeriram retirar o emblemático colete amarelo para poder participar mais tranquilamente dos protestos, que começam a dar sinais de desgaste. Na última manifestação de 29 de dezembro, 12 mil pessoas foram às ruas na França, contra 38.600 no dia 22 e cerca de 282 mil em 17 de novembro.

Conquistas

A mobilização permitiu algumas conquistas e concessões do governo, que voltou atrás no aumento do imposto sobre os combustíveis. A medida, que entraria em vigor em janeiro, gerou o descontentamento das classes francesas mais populares, que vivem afastadas dos grandes centros e precisam usar o carro no dia a dia. Ela também desencadeou uma ampla discussão sobre a queda do poder aquisitivo.

Diante dos protestos, o Executivo francês prometeu uma revalorização do salário mínimo, mas que na verdade já iria ocorrer por conta de outras mudanças aplicadas pelo governo, que reduzem encargos sociais. Macron também anunciou a abertura de um “debate nacional”, até abril, sobre essas e diversas questões.

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