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França

"Coletes amarelos" preparam 13° sábado de protestos e pedem para encontrar Obama

Os “coletes amarelos” promovem o 13° sábado de manifestações na França. Os protestos do movimento vêm perdendo força nas ruas, mas o grupo começa a se organizar politicamente. Parte de seus membros se preparam para participar das eleições europeias de maio e pedem o apoio de personalidades, entre elas o ex-chefe da Casa Branca, Barack Obama.

Movimento dos "coletes amarelos" vem reunindo menos participantes nas ruas, mas continua sendo apoiado pela maioria da população francesa.
Movimento dos "coletes amarelos" vem reunindo menos participantes nas ruas, mas continua sendo apoiado pela maioria da população francesa. REUTERS/Philippe Wojazer
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Mesmo se na semana passada os “coletes amarelos” reuniram menos de 60 mil pessoas nas ruas da França – número bem inferior aos mais de 280 mil manifestantes da primeira passeata em 17 de novembro –, o movimento, que contesta a queda do poder aquisitivo na França, convocou um novo protesto neste sábado (9).

Intitulado “Ato 13”, em alusão ao número de fins de semana de mobilização, a manifestação começa em Paris às 10h30 pelo horário local (7h30 em Brasília) diante do Arco do Triunfo, descerá a avenida do Champs Elysées, avançará pelas margens do rio Sena passando diante da Assembleia Nacional, antes de terminar o percurso aos pés da Torre Eiffel.

Como nos fins de semana anteriores, um forte dispositivo de segurança é previsto, principalmente em volta das instituições públicas, como a sede da presidência, o ministério da Relações Exteriores ou a própria Assembleia Nacional, que ficam próximos ao trajeto do cortejo. Três outros grupos devem se reunir em outras partes da capital e diversas manifestações também estão previstas no resto do país.

“Coletes amarelos” entram na política

Enquanto o movimento vê o número de manifestantes diminuir, principalmente nos últimos três fins de semana, nos bastidores seus líderes se organizam politicamente. Alguns deles formaram uma lista e pretendem se candidatar nas eleições europeias que acontecem em 26 de maio.

Em busca de legitimidade, o grupo de políticos potenciais, intitulado “coletes amarelos cidadãos”, tenta conquistar o apoio de personalidades de peso. Depois de receberem esta semana a visita do vice-primeiro-ministro italiano e chefe do movimento 5 Estrelas Luigi Di Maio – em um encontro que provocou uma tensão diplomática entre Roma e Paris –, em um comunicado divulgado nesta sexta-feira (8) os “coletes amarelos” pediram para se encontrar com o ex-chefe da Casa Branca, Barack Obama.

“Seu olhar esclarecido de ex-presidente dos Estados Unidos sobre a situação do mundo atual e sobre as questões europeias é essencial”, escrevam os manifestantes franceses em uma carta enviada à fundação do líder norte-americano. Mesmo se consideram que o pedido de apoio de Obama é “ambicioso”, o grupo afirma que seguiu os conselhos do ex-presidente. “Como o senhor mesmo dizia, ‘Yes we can’”, escreveram os “coletes amarelos”.

Segundo uma pesquisa de opinião YouGov divulgada na quinta-feira (7), 64% dos franceses continuam apoiando o movimento e 77% consideram a mobilização justificada.

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