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França

Após agressões visando judeus, milhares manifestam em Paris contra antissemitismo

Milhares de pessoas se reuniram no centro de Paris na noite desta terça-feira (19) em um protesto contra o antissemitismo. A manifestação foi convocada em resposta ao aumento de agressões visando os judeus do país.

Manifestantes tomaram a praça da République, no centro de Paris
Manifestantes tomaram a praça da République, no centro de Paris REUTERS/Philippe Wojazer
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Empunhando cartazes com os dizeres “Basta” ou “Não à banalização do ódio”, os manifestantes se reuniram na praça da République, no centro da capital francesa. Simultaneamente, outra manifestação reuniu centenas de pessoas ao norte de Paris e diversos protestos foram organizados em diversas cidades francesas.

A mobilização foi lançada por associações de luta contra o antissemitismo, com o apoio do governo e de personalidades políticas. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o secretário-geral do Partido Comunista, Fabien Roussel e vários deputados do partido do presidente, República em Marcha, participaram do protesto no centro da capital.

O ex-presidente francês, François Hollande, que também marcou presença na manifestação, declarou que “o antissemitismo é um ataque contra a República”. Já o presidente do partido Os Republicanos, Laurent Wauquiez, disse que "já está na hora de colocar um ponto final nas suásticas e nos insultos".

A declaração de Wauquiez faz alusão à agressão visando o filósofo e membro da Academia Francesa Alain Finkielkraut, atacado durante uma manifestação dos "coletes amarelos" no sábado (16), mas também à profanação de túmulos de um cemitério judeu, revelada nesta terça-feira.

Macron promete ações

O presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu "ações" e "leis" durante uma visita ao cemitério judaico da localidade de Quatzenheim, leste da França, onde os 80 túmulos foram profanados. "Tomaremos ações, promulgaremos leis e vamos punir os responsáveis", afirmou o chefe de Estado, que conversou com moradores da pequena localidade, perto da fronteira com a Alemanha. Macron, que estava acompanhado do grande rabino de França, Haïm Korsia, se ajoelhou diante dos túmulos que foram pintados com suásticas nazistas.

O chefe de Estado também fez uma visita durante a tarde ao Memorial do Holocausto, acompanhado de sua mulher Brigitte. Também estavam presentes os presidentes de honra da Liga dos Direitos Humanos, Michel Tubiana, e da Liga internacional contra o racismo e antissemitismo, Mario Stasi, além de representantes de diferentes religiões, numa tentativa de mostrar a união das crenças na França.

Em 2018 foram registrados 541 atos antissemitas no país, uma alta de 74% com relação ao ano anterior. O ministro israelense da Imigração, Yoav Gallant, incitou os judeus da França a deixarem o país. "Condeno vigorosamente o antissemitismo na França e digo aos judeus: voltem para casa, imigrem para Israel", escreveu Gallant no Twitter.

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