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França/Moda

Morre o estilista Karl Lagerfeld, o “kaiser” da moda

O estilista Karl Lagerfeld morreu hoje aos 85 anos em Paris. Diretor artístico da Chanel desde 1983, o "Kaiser" ou "imperador" como era chamado no meio da moda, marcou a alta-costura e o prêt-à-porter. O estilista tinha uma relação privilegiada com a modelo brasileira Gisele Bündchen, que admirava.

Karl Lagerfeld no encerramento do desfile da Chanel, em janeiro de 2012.
Karl Lagerfeld no encerramento do desfile da Chanel, em janeiro de 2012. REUTERS/Benoit Tessier
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Sempre vestido de preto, camisa branca e óculos escuros, sua marca registrada, Lagerfeld tinha um jeito franco de falar. A causa da morte não foi revelada, mas ele estava enfraquecido, provavelmente doente, e não participou dos recentes desfiles na capital francesa.

Fotógrafo, estilista e exímio desenhista, Lagerfeld nunca revelou sua idade ou data de aniversário, mas teria nascido em 10 de setembro de 1933, em Hamburgo, na Alemanha. Há fontes, no entanto, que dizem que ele nasceu em 1938. Ainda jovem, no início dos anos 50, mudou-se com a mãe para Paris.

Estilista das maiores marcas de alta-costura

Apaixonado por desenho, Lagerfeld começou a carreira como ilustrador de moda e foi contratado como assistente pelo costureiro Pierre Balmain. Depois, trabalhou como estilista para as marcas Jean Patou e Chloé. Em 1965, assumiu a direção artística da italiana Fendi; mais tarde, nos anos 1980, chegou à Chanel. Em 1984, ele criou sua própria marca.

Além de desenhar e criar as coleções de roupas, Lagerfeld também comandava campanhas publicitárias como fotógrafo. Em 2015, ele assinou as belas fotos em preto e branco da modelo brasileira Gisele Bündchen, em Paris, que lançaram a coleção primavera-verão da Chanel.

Lagerfeld vai deixar saudade no meio da moda. Ele só andava de Rolls Royce com motorista e era reconhecido por onde passava nas ruas de Paris. Seus comentários animavam as colunas de moda e sociais na França. "Eu sou um ninfomaníaco da moda que nunca atinge o orgasmo", gostava de dizer. Também falava que os óculos escuros eram como “uma burca para os homens”. Sobre a homossexualidade, contava que sua mãe tinha explicado a ele, quando ainda era criança, que era "como uma cor de cabelo" – não era um problema.

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