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Vigilância

Sistema de reconhecimento facial é testado durante carnaval de Nice

Nice, no sul da França, autorizou a realização de testes de um sistema de reconhecimento facial por meio de câmeras de vídeo nas ruas da cidade. A experiência, inédita no país, é realizada durante o Carnaval, que começou no sábado (16).

Carnaval de Nice virou laboratório para novo dispositivo de vigilância
Carnaval de Nice virou laboratório para novo dispositivo de vigilância REUTERS/Eric Gaillard
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O teste consiste em pedir uma foto a mil voluntários que participam da festa e, em seguida, identificá-los no meio da multidão a partir de um programa especial de computador conectado às câmeras de vigilância já instaladas na cidade. A experiência dura dois dias (19 e 20 de fevereiro). Segundo as autoridades locais, o objetivo principal é poder encontrar crianças perdidas durante grandes eventos, mas também poderia ser usado para identificar suspeitos.

Várias associações, como a Liga dos Direitos Humanos, criticaram a inciativa, alegando que o sistema expõe a população. Além disso, há quem tema que o dispositivo seja apenas o primeiro passo para a criação de um arquivo de imagens dos moradores, que poderia ser usado em seguida para projetos de segurança contrários às liberdades individuais.

Em resposta às críticas, os idealizadores do projeto de Nice informaram que apenas os rostos dos voluntários serão identificados. As pessoas que não participarem da experiência terão suas imagens destorcidas. “Os que não forem voluntários não serão expostos e terão sua privacidade respeitada”, garante o prefeito de Nice, Christian Strosi. Placas também foram colocadas na zona de teste para avisar os foliões de que a região está participando do teste. Os resultados da experiência serão analisados em seguida pelo governo.

Uma câmera para cada 145 moradores

A cidade de Nice já conta com 2.350 câmeras (uma para cada 145 moradores) e desde 2016 o prefeito tenta impor o sistema de reconhecimento facial. Durante a Eurocopa de 2016, algumas semanas após o atentado na orla da cidade, ele já havia pedido, sem sucesso, uma autorização para instalar o dispositivo na entrada das zonas de concentração de torcedores.

Strosi também tentou, em dezembro passado, usar o sistema de reconhecimento facial para seguir, nas ruas da cidade, os indivíduos suspeitos de possível envolvimento com ações extremistas. O pedido foi recusado.

O sistema de reconhecimento facial em lugares públicos já é testado em algumas cidades da China.

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