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China/ União Europeia

Xi Jinping na França: Europeus tentam comércio mais “recíproco” com a China

O presidente da China, Xi Jinping, dá continuidade neste domingo (24) ao seu giro pela Europa e terá um jantar privado com o presidente francês, Emmanuel Macron, e sua mulher, Brigitte, na cidade de Kérylos, perto de Nice. Nesta segunda-feira (25), o líder chinês inicia uma agenda oficial de dois dias à França, em um momento em que Paris, Berlim e Bruxelas tentam se proteger da investida milionária dos chineses ao redor do mundo, sem contrapartidas.

Presidente chinês, Xi Jinping, foi recebido neste domingo (24) pelo príncipe de Mônaco, Alberto II. À esquerda, a princesa Carolina de Hanover participa de almoço oficial no palácio real.
Presidente chinês, Xi Jinping, foi recebido neste domingo (24) pelo príncipe de Mônaco, Alberto II. À esquerda, a princesa Carolina de Hanover participa de almoço oficial no palácio real. Valery Hache/Pool via REUTERS
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A escala anterior do presidente da China foi a Itália, onde, no sábado (23), assinou a entrada em princípio dos italianos no ambicioso plano comercial Novas Rotas da Seda. O projeto faraônico inclui parcerias econômicas em infraestruturas marítimas e terrestres na Ásia, África e Europa.

Com o acordo feito de maneira bilateral, os italianos se desconectaram da frente comum que os líderes das maiores potências europeias estudam formar para equilibrar as parcerias com Pequim - que, de maneira geral, permanece fechada para a entrada de investidores estrangeiros.

Na Itália, Xi Jinping prometeu uma adaptação do projeto com via dupla, ou seja, os italianos também poderão participar do mercado chinês, que estará aberto para as laranjas italianas, parcerias turísticas e programas de trocas culturais, entre outros. No total, foram assinados 29 contratos ou minutas de acordo, que “chegam a € 2,5 bilhões e têm potencial de atingir € 20 bilhões”, conforme Roma.

Italianos não são os primeiros a ceder a Pequim

Diversos países europeus, como a Croácia, a Hungria, a Grécia, a Polônia e Portugal, já concluíram protocolos de acordo com Pequim, mas a Itália é o primeiro integrante do G7 a aderir. Já Paris, Londres e Berlim exigem mais reciprocidade antes de qualquer acerto.

Na terça-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Junker, vão a Paris para um encontro multilateral com Xi Jinping e o assunto deve ser debatido. A reunião acontece 10 dias depois de a União Europeia publicar um plano no qual coloca a China como “parceira comercial”, mas também uma “rival”.

Na sexta-feira (22), as conclusões do Conselho Europeu evocam que a União Europeia “deve se assegurar da reciprocidade efetiva na atribuição de mercados públicos a países terceiros”, em uma referência indireta à China.

Protestos em Paris

Diversas associações de defesa dos direitos humanos planejam protestos contra a visita de Xi Jinping em Paris. Em um comunicado, elas pedem que o presidente francês aborde a questão com o chinês.

Antes da visita à França, Xi Jinping passou o dia em Mônaco, na primeira viagem oficial de um presidente chinês ao principado. O príncipe Albert II recebeu o líder da segunda maior economia do planeta com todas as honras.

Com informações AFP

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