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França/manifestação

Paris: manifestantes do 1° de maio tentaram invadir UTI do hospital Pitié Salpetrière

Cerca de trinta pessoas foram detidas para interrogatório depois da invasão do hospital no centro de Paris nesta quarta-feira (1). A polícia ainda investiga se são black blocs ou "coletes amarelos" radicalizados que participaram do ato do 1° de maio.

Polícia joga bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes durante a passeata do 1° de maio
Polícia joga bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes durante a passeata do 1° de maio REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O incidente aconteceu por volta das 16h, no auge dos confrontos entre os policiais e os manifestantes, durante a passeata para comemorar o 1° de maio, o dia do Trabalho. Os “coletes amarelos”, os militantes radicais e os outros participantes se dividiram entre a Place d’Italie e o boulevard de l’Hôpital, onde se situa uma das entradas do hospital parisiense. As duas ruas estão situadas no 13° distrito da capital francesa.

Perto do hospital, a polícia jogou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Em entrevista à rádio France Inter, a diretora do hospital, Mare-Anne Ruder, disse ter sido informada de uma tentativa de invasão. “Fui para o hospital imediatamente e, quando cheguei, a grade da entrada estava derrubada, a corrente caída, e dezenas de pessoas estavam entrando no hospital.”

De acordo com ela, entre os “invasores” havia “coletes amarelos” e manifestantes com o rosto coberto. Uma parte desse grupo, assegura, subiu uma escada e passou por uma passarela em direção à UTI cirúrgica, onde estão pacientes “particularmente vulneráveis”, explicou o diretor-geral do organismo que gerencia os hospitais públicos franceses, Martin Hirsch.

As imagens das câmeras de segurança, diz, que serão entregues à polícia, mostram enfermeiras e um residente na frente da porta tentando impedir a entrada dos manifestantes. “Poderia ter ocorrido um drama e não quero nem imaginar as consequências”, declarou Hirsch à rádio France Info. A polícia chegou cerca de 10 minutos depois e dispersou os manifestantes. De acordo com a Promotoria de Paris, cerca de 30 pessoas foram detidas para interrogatório.

Policial internado

A imprensa francesa se questiona se a invasão teria uma relação com a internação de um integrante da tropa de choque francesa, ferido na cabeça. “Não sei quais foram os motivos que os levaram a esta intrusão, eu não os vi gritar ou procurar um ferido em particular, ou se estavam fugindo de alguma coisa”, declarou Hirsch.

No Twitter, vários internautas se indignaram com a invasão, criticando a radicalização do movimento dos “coletes amarelos”. Segundo o ministro do Interior, Christophe Castaner, um grupo de black-blocs atacou o estabelecimento. Ele estava no local no momento da invasão, por conta da internação do policial da tropa de choque.

Vários vídeos transmitidos nas redes sociais mostram manifestantes pacíficos tentando estacionar dentro do hospital. Jornalistas testemunharam que muitos dos participantes do protesto, acuados por um grupo da tropa de choque e pelas bombas de gás lacrimogêneo, tentaram se proteger dentro do estabelecimento. Por enquanto, não está claro se grupos separados invadiram o hospital com motivações diferentes.

No total, 315 participantes das manifestações do 1° de maio foram detidos para interrogatório, segundo a Promotoria de Paris.

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