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França/Escravidão

França lembra fim do tráfico negreiro e anuncia iniciativas para resgatar história da escravidão

Dez de maio é o Dia Nacional de Lembrança do Tráfico Negreiro e da Abolição da Escravidão na França. A data é celebrada no país desde 2006, cinco anos após a adoção de uma lei que reconhece essas práticas como um crime contra a humanidade. Durante cerimônia nesta quarta-feira (10), o presidente Emmanuel Macron anunciou o apoio a várias iniciativas para resgatar a história da escravidão.

O Presidente francês Emmanuel Macron discursa na cerimônia, no Jardim de Luxemburgo, no Dia Nacional de Lembrança do Tráfico Negreiro e da Abolição da Escravidão. Paris 10 de Maio de 2019.
O Presidente francês Emmanuel Macron discursa na cerimônia, no Jardim de Luxemburgo, no Dia Nacional de Lembrança do Tráfico Negreiro e da Abolição da Escravidão. Paris 10 de Maio de 2019. REUTERS/Philippe Wojazer
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A cerimônia foi realizada no Jardim de Luxemburgo, em Paris, diante do monumento às vítimas do tráfico, com a presença do presidente francês. Esta foi a primeira vez que Emmanuel Macron presidiu as celebrações.

“Diante do horror da escravidão”, o presidente francês saldou “a honra da resistência contra o tráfico e a felicidade da emancipação conquistada com a abolição”. Macron ressaltou que “esta não é uma história francesa, mas uma história universal”.

Para resgatar este legado e sua importância, a presidência da República confirmou seu apoio a várias iniciativas: um novo monumento em memória das vítimas que será inaugurado em 2021, no jardim das Tulherias; uma fundação sobre a escravidão, que será instalada na Praça da Concórdia; e ajuda ao financiamento do memorial de Pointe-à-Pitre, na Guadalupe, um dos departamentos franceses que mais recebeu escravos.

Escravidão moderna

Em seu discurso, Emmannuel Macron salientou que “infelizmente, a escravidão não pertence apenas ao nosso passado. Hoje, mais de 20 milhões de homens, mulheres e crianças ainda são submetidos a alguma forma de servidão”.

A escravidão foi oficialmente abolida na França em 1848. Estimações indicam que apenas entre 1676 e 1800 mais de um milhão de africanos foram deportados para as Antilhas francesas. Em 2001, o país adota uma lei reconhecendo o tráfico negreiro e a escravidão como crimes contra a humanidade, a chamada “lei Taubira”, nome da ministra da Justiça na época. Em 2006, o então presidente Jacques Chirac instituiu o 10 de maio, data da adoção da lei como Dia Nacional de Lembrança do Tráfico Negreiro, da Escravidão e da Abolição.

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