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Ato 27 dos coletes amarelos é o mais fraco em seis meses de protestos

Segundo o Ministério do Interior, manifestações em várias cidades francesas neste sábado (18) reuniram 15.500 pessoas, a mobilização mais fraca desde o início da contestação social. Para o presidente Emmanuel Macron, é hora de parar com o movimento. No entanto, os coletes amarelos mantêm intenção de prosseguir com os atos.

Protesto na Praça da República contra a Monsanto.
Protesto na Praça da República contra a Monsanto. REUTERS/Philippe Wojazer
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Os protestos deste sábado, o 27° consecutivo, celebraram seis meses de um movimento marcado por diversos episódios de violência, e que registra uma progressiva queda de mobilização desde as medidas anunciadas pelo governo de €15 bilhões, sendo €5 bilhões relacionadas com a redução de impostos.

Desde a primeira grande jornada de mobilização, em 17 de novembro de 2017, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, o declínio do movimento é evidente. No entanto, muitos coletes amarelos continuam determinados a prosseguir com a contestação social, mesmo depois do plano de ação anunciado no dia 25 de abril pelo presidente Emmanuel Macron.

Para o chefe de Estado, o movimento deve terminar. "Eu acredito que para aqueles que continuam a fazer isso (protestos), não há mais uma saída política. Nós temos feito a nossa parte", disse Macron durante uma visita nesta sexta-feira (17) à cidade de Biarritz, sudoeste do país.

Segundo Macron, os manifestantes devem se manifestar nas urnas, a começar pelas eleições europeias, que acontecem dentro de uma semana. "Há uma eleição que vai permitir aos cidadãos se exprimirem sobre assuntos europeus. E haverá na sequência, todos os anos, sobre assuntos locais e depois eleições presidenciais e legislativas", acrescentou.

Os coletes amarelos manifestaram intenção de voltar às ruas no dia 26 de maio para contestar a política econômica e social de Macron, e pedir sua demissão.

Mobilização em queda

Os protestos deste sábado aconteceram em diversas cidades francesas e foram ainda menores do que as da semana passada, quando 18.600 coletes amarelos saíram às ruas.

Em Paris, de acordo com as autoridades de segurança, cerca de 1.600 pessoas participaram de atos. Um deles teve início na sede da empresa petrolífera Total, no bairro empresarial La Défense, e seguiu até a igreja Sacre-Coeur, na zona norte da cidade.

Outro ato na capital, com pouca adesão, percorreu ruas entre as praças Clichy e República, na região central, e foi focado no tema do meio ambiente, com críticas ao uso do glifosato, pesticida de empresa Monsanto.

Em Toulouse, no sudoeste, uma das cidades mais importantes durante o movimento, mesmo com a proibição de circular na Praça do Capitole, o protesto reuniu entre mil e 2 mil pessoas, segundo a polícia.

Apelos para a realização de atos também foram lançados em Reims e Nancy, onde a manifestação reuniu cerca de duas mil pessoas. Durante a manifestação, após ataques com projéteis, foram registrados incidentes com gás lacrimogêneo, além de queima de lixeiras.

Segundo autoridades locais, cinco pessoas foram detidas em Nancy e um integrante das forças de ordem ficou levemente ferido.

 

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