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A Semana na Imprensa

Marine Le Pen está de volta, avisa revista francesa

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A revista L’Obs desta semana traz uma longa reportagem de capa sobre as dificuldades que aguardam o presidente francês Emmanuel Macron na segunda metade de seu mandato. Em um contexto de baixa popularidade do chefe de Estado, a publicação aponta um retorno inesperado da líder da extrema direita, Marine Le Pen, que saiu fortalecida das eleições europeias.

Marine Le Pen saiu fortalecida das eleições europeias.
Marine Le Pen saiu fortalecida das eleições europeias. Bertrand GUAY / AFP
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“Ela havia sido enterrada por quase todos após o fracasso na eleição presidencial”, aponta a revista. L’Obs se refere à derrota da líder populista na corrida pelo Palácio do Eliseu, mas também ao último debate eleitoral contra Macron, em 2017, considerado um vexame pelos analistas políticos. “Os eleitores e os militantes a abandonaram e a imagem de Marine Le Pen foi arranhada, para alguns, definitivamente”, analisa a reportagem.

Sair da zona do euro deixou de ser uma prioridade

Mas o resultado das eleições europeias desse mês, que colocaram o partido de extrema direita no topo da lista, mudou a situação. Sua legenda saiu vitoriosa do pleito graças ao sentimento de insatisfação generalizado da população, mas também ao sucesso de Jordan Bardella, um jovem desconhecido e nova aposta de Marine Le Pen, que liderou o partido nas eleições europeias. A ex-presidenciável volta a assustar, anuncia L’Obs, que tenta entender o fenômeno de Fênix em um texto de três páginas.

A revista explica que ter abandonado a ideia de tirar a França da zona do euro, uma das propostas mais polêmicas do partido, ajudou Marine Le Pen a ganhar credibilidade. Segundo a líder da legenda, os franceses não querem deixar o euro, pelo menos por enquanto.

L’Obs afirma que o fato de ter mudado o nome do partido, que deixou de ser Frente Nacional (FN), para se tornar Reunião Nacional (RN), também teria contribuído para melhorar a imagem da líder populista, a desvinculando de seu pai, Jean-Marie Le Pen. “O FN era o partido do meu pai, o RN é o meu partido”, disse Marine Le Pen à revista.

"Coletes amarelos" ajudaram o retorno de Le Pen

A líder populista também se beneficiou da crise dos “coletes amarelos”, comenta a reportagem, lembrando que Le Pen se posicionou como representante do movimento de contestação. “Ela usou a insatisfação dos manifestantes e transformou as eleições europeias em referendo contra Macron”, avalia L’Obs.

Diante dessa boa fase, Marine Le Pen se vê como candidata natural para a próxima corrida presidencial, em 2022. E para ela, seu único verdadeiro oponente seria Emmanuel Macron. “Ele foi o único que me levou a sério e sabia que tinha que tomar cuidado”, finaliza a líder populista, em tom desafiador, nas páginas do L’Obs.

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