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Parada Gay/Paris

Parada Gay de Paris defende reprodução assistida para todas as mulheres

50 anos após Stonewall, membros da comunidade LGBTQ de todo o mundo saíram às ruas durante este mês de junho para defender e afirmar seus direitos, e para lutar contra a homofobia e a transfobia. Na França, em Paris, dezenas de milhares de pessoas participaram neste sábado (29) da Gay Pride, que terminou na Praça da República. O desfile teve como objetivo defender a abertura da reprodução medicamente assistida, a chamada PMA, a todas as mulheres, incluindo solteiras e lésbicas.

Parada Gay de Paris, em 29 de junho de 2019.
Parada Gay de Paris, em 29 de junho de 2019. REUTERS/Charles Platiau
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"Tire sua igreja do meu sexo", "Tirem nossos sexos de seus estados civis", "Nossos filhos estão bem", "Filiação, PMA: estamos farto de leis mínimas": o tom da Gay Pride de Paris este ano foi dado pelos cartazes, num desfile em ritmo acelerado no sexto dia da onda de calor que invadiu a França, com temperaturas que chegaram a ultrapassar 40°C esta semana. Hoje os termômetros oscilaram entre 35° e 39°C.

A luta pela reprodução medicamente assistida (PMA) foi escolhida este ano como tema da Marcha do Orgulho pela associação organizadora, a Inter-LGBT: trata-se de manter a pressão sobre o governo francês, enquanto a PMA aberta a todas as mulheres [hoje, ela vale apenas para mulheres casadas heterossexuais] deve ser incluída no projeto de lei de bioética apresentado em julho, antes de ser examinada pelo Parlamento em outubro.

Nem a onda de calor afastou os manifestantes da Parada Gay de Paris em 29 de junho de 2019.
Nem a onda de calor afastou os manifestantes da Parada Gay de Paris em 29 de junho de 2019. REUTERS/Charles Platiau

Apesar do calor, Marie, Nina e Noa estavam coladas umas às outras, a maquiagem nas cores do arco-íris se derretendo nas bochechas. "Somos livres para fazer nossas escolhas e para escolher como queremos ter nossos filhos. Quando nos amamos, devemos ser capazes de ter filhos, independentemente de nosso sexo. Para mim, o direito à PMA permitirá que uma criança possa ter duas mães. Hoje, não é esse o caso, e espero que o direito à PMA ofereça esse direito de filiação”, dizem as francesas.

No Boulevard de Montparnasse, a multidão multicolorida cozinhava no asfalto. Por mais de três horas, o desfile, alegre e combativo, se estendeu até a Praça da República, no coração da capital francesa. A Inter-LGBT esperava até 500.000 pessoas. A onda de calor não parece ter desencorajado muitas delas.

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