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Em Paris, 14 de Julho é marcado por confrontos entre polícia e "coletes amarelos"

O tradicional desfile militar do 14 de Julho em Paris terminou com confrontos entre policiais e alguns integrantes do movimento dos "coletes amarelos". Militantes convocaram protestos na avenida Champs-Elysées e vaiaram a chegada ao local do presidente francês, Emmanuel Macron.

Manifestantes invadiram a avenida Champs-Elysées após o desfile militar do 14 de Julho em Paris e queimaram lixeiras e banheiros públicos.
Manifestantes invadiram a avenida Champs-Elysées após o desfile militar do 14 de Julho em Paris e queimaram lixeiras e banheiros públicos. REUTERS/Pascal Rossignol
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De acordo com a polícia francesa, 175 pessoas foram presas em Paris. Dezenas de manifestantes, que não utilizavam os célebres coletes amarelos fluorescentes, ocuparam na tarde deste domingo (14) parte da avenida Champs-Elysées, no final do desfile militar.

Alguns militantes, vestidos de pretos e com os rostos cobertos, derrubaram as barreiras de metal posicionadas ao longo da avenida e incendiaram lixeiras e banheiros públicos. A polícia utilizou bombas de gás lacrimogênio para dispersá-los. No final da tarde, as violências terminaram.

Essa é a primeira vez desde o último 16 de março que a avenida Champs-Elysées volta a ser palco de confrontos entre policiais e manifestantes. "Não é possível se encontrar nesta situação devido a indivíduos violentos", declarou Emmanuel Grégoire, vice-prefeito de Paris.

Macron vaiado

Os ânimos começaram a se acirrar na manhã deste domingo, quando Macron chegou à avenida Champs-Elysées para o início do desfile militar. Entre aplausos do público que foi ao local assistir ao evento, foram ouvidas vaias.

Três líderes do movimento dos "coletes amarelos" - Eric Drouet, Jérôme Rodrigues e Maxime Nicolle - foram detidos para interrogatório por "rebelião" e "manifestação proibida", de acordo com autoridades francesas.

"Aqueles que quiseram impedir o desfile deveriam ter vergonha", afirmou o ministro do Interior, Christophe Castaner. Já o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, afirmou não ter ouvido as vaias. "O importante é que tudo deu certo", comemorou.

Fogos na torre Eiffel

O tradicional desfile militar começou às 10h pelo horário de Paris na avenida Champs Elysées, com o objetivo de homenagear a cooperação europeia no setor da defesa e destacar a potência e as inovações militares da França.

Onze chefes de Estado e de governo- entre eles, a chanceler alemã Angela Merkel - assistiram ao desfile. No total, 4 mil e 300 militares, 196 veículos terrestres, 237 cavalos, 69 aviões e 39 helicópteros foram mobilizados para o evento.

A festa continua na noite deste domingo, com a aguardada queima de fogos na torre Eiffel, às 23h de Paris (18 horas de Brasília).

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