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França/Islã

Muçulmanas defendem uso do burquíni em protesto em piscina de Paris

Cerca de quinze militantes feministas invadiram uma piscina no 11° distrito da capital, neste domingo (1), para protestar contra a proibição do burquíni, o maiô de banho usado pelas muçulmanas.

Paris: ativistas pró-burquíni se banham em uma piscina e fazem com que ela feche (foto ilustrativa).
Paris: ativistas pró-burquíni se banham em uma piscina e fazem com que ela feche (foto ilustrativa). Captura de vídeo Le Point
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“Vamos entrar, mesmo se os racistas não quiserem, vamos nadar”, gritaram as manifestantes durante o protesto, segundo a rádio francesa France Info. Cinco delas entraram na piscina, apoiadas pelas outras manifestantes, mulheres que estavam no local, transgêneros e homens membros do coletivo #piscinepourtoutes (piscina para todas), criado para defender a causa.

Os salva-vidas tentaram colocar fim no protesto e a polícia foi chamada, mas não houve tumulto. A ação durou cerca de 30 minutos e, no fim, a direção do clube decidiu fechar o acesso à piscina. As militantes foram embora exibindo um cartaz com a frase: “Piscina para todas, chega de islamofobia.” Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (2), o coletivo pede “que as regras mudem e o acesso liberado para todas”. No texto, elas ainda alegam “que seus corpos lhe pertencem, nós os cobrimos ou descobrimos por motivos que não interessam a ninguém.”

De acordo com Nargesse, uma das líderes do movimento entrevistada pela rádio francesa, o objetivo é ter acesso à piscina “como muçulmanas que escolheram usar o véu.” Ela entrou na água durante o protesto. “Queremos reivindicar nossa escolha de usá-lo e poder continuar a ter nossas atividades de lazer sem sermos importunadas por regulamentos discriminatórios.” Segundo ela, há um crescimento de “ideias islamofóficas” na França.

Maiô muçulmano é proibido na França

O uso do burquíni é proibido nas piscinas públicas francesas. Uma ação parecida já havia provocado uma polêmica nacional. O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, estimou que as regras deveriam ser respeitadas, e nenhuma “convicção religiosa” levada em conta para derrubar a medida.

 

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