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Amazônia

Delegação da Guiana Francesa acompanhará Macron na ONU para denunciar situação na Amazônia

Uma delegação da Guiana Francesa acompanhará Emmanuel Macron à cúpula especial do clima na próxima segunda-feira (23) na ONU. O chefe de Estado, que criticou a gestão brasileira dos incêndios em agosto, deve anunciar um plano para a Floresta Amazônica, que cobre boa parte do território ultramarino da França.

Emmanuel Macron havia criticado a gestão brasileira dos incêndios na Amazônia.
Emmanuel Macron havia criticado a gestão brasileira dos incêndios na Amazônia. Yoan Valat/Pool via Reuters
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Localizada no leste da Amazônia, a Guiana Francesa é composta por 98% de florestas. Por essa razão, Macron decidiu participar da reunião em Nova York com uma delegação desse território. O grupo, encabeçado pelo presidente da comunidade da região, Rodolphe Alexandre, contará ainda com o presidente do Grande Conselho das populações ameríndias e bosquímanas da Guiana, Sylvio Van Der Pijl.

A presença dessa delegação "é inédita e é importante", insistiu a ministra francesa dos Territórios Ultramarinos, Annick Girardin. Ela disse que "o plano para a Floresta Amazônica" será discutido já na quarta-feira (18) durante um comitê interministerial presidido pelo primeiro-ministro francês, Edouard Philippe.

No final de agosto, a ministra e autoridades da Guiana Francesa, assim como o presidente do Grande Conselho, já haviam assinado um documento conjunto, pedindo a criação de um fundo internacional "contra os incêndios florestais e pelo reflorestamento". Além do fogo, o grupo se mostrou preocupado com a exploração industrial da natureza na região.

A Cúpula de Ação do Clima acontece no dia 23 de setembro, paralela à Assembleia Geral das Nações Unidas (de 20 a 23). Os principais líderes mundiais, mas também representantes de ONGs ecologistas estarão em Nova York para o evento.

A militante sueca Greta Thunberg, de 16 anos, e outros 500 jovens sul-americanos, europeus, asiáticos e africanos participarão de manifestações já no fim de semana. O secretário-geral de ONU, Antonio Guterres, chegou a cogitar a hipótese de que a cúpula fosse totalmente dedicada à situação da Amazônia.

Bolsonaro irá defender sua posição

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro já avisou que reafirmará a posição do Brasil em seu discurso na Assembleia Geral da ONU. "Já comecei a rascunhar o discurso, vai ser um discurso diferente dos que me antecederam (...). Reafirmar a questão da nossa soberania e do potencial que o Brasil tem, e o que o Brasil representa para o mundo", disse Bolsonaro em entrevista à TV Record gravada em São Paulo, pouco depois de receber alta do hospital, onde passou por uma cirurgia para corrigir uma hérnia abdominal.

A Assembleia Geral da ONU poderá ser o primeiro encontro entre o presidente brasileiro e Emmanuel Macron desde a troca de farpas entre os dois chefes de Estado, após os incêndios na Amazônia. O episódio que envolveu até a primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

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