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França exige justiça em nome de jovem morta a facadas pelo marido diante dos filhos

Centenas de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (18) na cidade do Havre, norte da França, para exigir justiça em nome de Johanna Tilly, de 27 anos. A jovem foi morta a facadas há dois dias, diante dos três filhos do casal, de seis, quatro e dois anos de idade.

A mãe de Johanna Tilly exibe foto da jovem com os três filhos, diante dos quais foi morta a facadas pelo marido, na última segunda-feira (16).
A mãe de Johanna Tilly exibe foto da jovem com os três filhos, diante dos quais foi morta a facadas pelo marido, na última segunda-feira (16). LOU BENOIST/AFP
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"Chega de silêncio!", "Fim aos feminicídios!", "Parem as violências contra as mulheres!", diziam as mensagem nos cartazes exibidos pelos manifestantes em homenagem à Johanna Tilly. Centenas de pessoas percorreram as ruas do Havre - palco do 105° feminicídio deste ano na França.

Johanna estava em processo de separação do marido, de 37 anos, com quem vivia há sete anos e teve três filhos. No último 11 de agosto, a jovem já havia registrado um boletim de ocorrência, depois de ter sido ameaçada com uma faca e de ter sofrido uma tentativa de sufocamento com um saco plástico.

Desde então, ela deixou sua residência e vivia em um refúgio para mulheres vítimas de violência. Os filhos estavam sob a responsabilidade dos avós maternos e paternos, na espera do resultado do julgamento sobre a guarda das crianças.

14 facadas

Johanna foi morta com 14 facadas, em plena luz do dia, diante de um supermercado onde o marido havia levado os filhos para tomar sorvete. O homem havia passado o fim de semana com as crianças e os devolveria à mãe. Ele teria se alterado quando a jovem tentou abordar a questão da guarda dos filhos.

O agressor foi preso logo após o crime e reconheceu ser o autor das facadas. À polícia, ele declarou que foi motivado pelo medo de perder a guarda das crianças. O homem não tinha nenhuma condenação judicial anterior.

Novas medidas contra o feminicídio

Organizações feministas e a opinião pública francesa vêm pressionando o governo Macron por iniciativas mais eficazes contra o feminicídio. Após o anúncio, em 3 de setembro, de medidas de urgência contra violências conjugais, novas diretrizes devem ser anunciadas em 29 de outubro.

Em 2018, a França registrou 121 mortes de mulheres por maridos, namorados ou ex-companheiros.

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