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Imprensa

Jornais franceses destacam mapa em tempo real da poluição em Paris

A prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo, apresentou na terça-feira (17), uma cartografia online com o nível de poluição de cada rua da capital, com atualização a cada duas horas.

Torre Eiffel envolta em bruma de partículas finas.
Torre Eiffel envolta em bruma de partículas finas. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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A iniciativa da prefeitura de Paris foi vítima do próprio sucesso, conta o jornal Le Croix desta quarta-feira (18), pois o sistema ficou bloqueado por causa dos acessos dos internautas.

Os dados, relata Le Figaro, são fornecidos por cerca de 400 veículos munidos de captadores em circulação nas ruas da capital. O dispositivo, em experimentação desde 2018, permite identificar as zonas de forte poluição em partículas finas.

Altas temperaturas

Já o jornal Libération destaca na edição desta quarta-feira (18), as preocupantes conclusões de um grupo de cientistas franceses. Eles alertam que a temperatura média do planeta vai ser mais elevada que a prevista, se nada for feito para conter a emissão dos gases de efeito estufa – mais 7°C até 2100.

Os pesquisadores revelaram na terça-feira (18), dois novos modelos climáticos dentro do contexto do programa mundial de simulações do clima. Esses trabalhos devem fazer parte do sexto relatório de avaliação do grupo de especialistas intergovernamentais sobre a evolução do clima, o IPCC, previsto para 2021, relata Libé.

Os cientistas levaram em conta o cenário socioeconômico mais pessimista possível, a de um crescimento econômico alimentado pela energia fóssil. Eles chegaram à conclusão de que o aumento da temperatura média será de 1°C a mais que nas estimativas anteriores.

“Parece pouco, mas é enorme”, diz o artigo do jornal francês. Libé ressalta que apenas a opção que prevê uma forte cooperação internacional, com prioridade para o desenvolvimento durável poderá manter o objetivo de aumento de 2°C fixado no Acordo de Paris.

Segundo a meteorologista e diretora de pesquisas Pascale Braconnot, são necessárias medidas concretas para assegurar “uma diminuição imediata das emissões de C0² até que se atinja a neutralidade do carbono na escala planetária por volta de 2060”.

Necessidade de vontade política

Libération conclui que para isso é preciso uma vontade política muito forte. “A temperatura média do planeta até o final do século depende muito das políticas climáticas que serão colocadas em ação desde já e ao logo no século 21”, insistem os cientistas.

Os novos modelos apresentados pelos franceses apresentam simulações mais elaboradas do clima em escala regional. Os estudos preveem uma continuidade do aumento da intensidade e frequência das ondas de calor na França e na Europa Ocidental. “Pelo menos nas próximas duas décadas, seja qual o cenário adotado”, dizem os especialistas, citados por Libération.

Sobre chuvas e tempestades, a conclusão francesa confirma um relatório do IPCC de 2014. Ou seja, as precipitações vão aumentar em uma grande parte do Pacífico tropical, nos mares austrais e em muitas regiões de médias e altas latitudes no hemisfério norte. Como em previsões anteriores, a região mediterrânea vai se tornar mais árida, assim como muitas áreas semiáridas.

 

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