Governo francês reduz profissões para imigrantes
O governo francês reduziu pela metade a lista de profissões autorizadas para serem exercidas por imigrantes de fora da União Europeia. A lista, publicada em conjunto pelos ministérios do Trabalho e do Interior, agora tem 14 ramos profissionais, ao invés de 30.
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As atividades se concentram em áreas onde é difícil encontrar trabalhadores franceses, como engenharia de produção, análise de sistemas, contabilidade, desenvolvimento de produtos e pesquisa química e farmacêutica. Mas outras profissões, como trabalhadores em obras e no setor de informática, foram retiradas.
As modificações valerão para novos imigrantes que desejam se instalar na França, e não atinge os que já se encontram no país. A medida também não inclui as nacionalidades com as quais o país possui acordos de gestão de fluxo migratório, como o Senegal e a Tunísia, ex-colônias francesas.
A cada ano, a França libera 20 mil vistos de trabalho para estrangeiros. Boa parte deles é destinada a estudantes que permanecem em solo francês e conseguem um emprego. A redução da lista de profissões é uma das táticas da política francesa de diminuir o fluxo de imigração, uma das prioridades do governo do presidente Nicolas Sarkozy.
O ministro do Interior francês anunciou recentemente que deseja reduzir de 200 para 180 mil o número de entradas legais no país, incluindo todas as razões da imigração, como estudos, família ou trabalho. O assunto deve ser um dos focos da campanha presidencial na França para as eleições do ano que vem.
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