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Cuba/Repressão

Presos dissidentes cubanos que preparavam manifestação

Opositores do regime cubano, entre eles Guillermo Fariñas, prêmio Sakharov 2010 do Parlamento europeu, foram presos para interrogatório na cidade de Villa Clara, no centro do país. A oposição ao regime cubano anunciou, nessa sexta-feira, que as prisões têm o objetivo de impedí-los de participar de uma manifestação.

O dissidente cubano Guillermo Fariñas.
O dissidente cubano Guillermo Fariñas.
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Fariñas, Angel Moya (ex-preso político) e pelo menos 28 dissidentes ainda estavam presos nessa sexta-feira de manhã. Eles foram detidos na véspera, afirmou Elizario Sanchez, presidente da Comissão Cubana pelos direitos Humanos e da Reconciliação Nacional (CCDHRN), organização ilegal, mas tolerada pelas autoridades do país.

Os militantes presos tinham previsto se reunir para organizar uma manifestação anti-governo, explicou Sanchez. “São provavelmente detenções de curta duração. As autoridades utilizam uma repressão política mínima e não vão além da simples neutralização de iniciativas”, estimou o presidente da CCDHRN.

As autoridades cubanas difundiram nas últimas semanas, várias informações acusando as Mulheres de Branco, grupo de esposas e familiares de ex-presos políticos, e outros opositores de “provocar desordem para justificar agressões contra Cuba” e de serem encorajadas e pagas pelos Estados Unidos.

“O governo se esforça para tirar nossa credibilidade porque nós denunciamos a repressão sem condenação (penal)”, denunciou Elizardo Sanchez.

Berta Soler, esposa de Angel Moya e uma das líderes das Mulheres de Branco, indicou que iria a Santa Clara para ver o que poderia ser feito. Angel Moya é um dos doze prisioneiros políticos que ficaram em Cuba depois da libertação, entre julho de 2010 e março de 2011, de 130 presos em troca de exílio na Espanha. Segundo a CCDHRN, depois das libertações, aproximadamente 50 presos políticos ficaram na ilha.
 

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