Nuvem radiotiva misteriosa atinge seis países europeus
Uma misteriosa nuvem de iodo radioativo de baixa intensidade circula há semanas em seis países da Europa sem que as autoridades consigam identificar a origem. As autoridades informam que a concentração de partículas radioativas na atmosfera dos países atingidos que não trazem risco para a saúde.
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O alerta foi lançado na sexta-feira passada pela Agência Internacional de Energia Atômica depois que a República Tcheca e países vizinhos notaram a presença de iodo 131 nos seus territórios. Segundo a agência, é provável que a nuvem radioativa seja originária de algum país do leste europeu ou mais longínquo", mas os especialistas não conseguem ser categóricos.
As autoridades francesas só tem duas certezas: a fonte do material radioativo não é a França, muito menos a central nuclear de Fukushima, no Japão. Os cientistas explicam que o iodo 131 tem uma duração de vida curta, o teor de radioatividade diminui pela metade a cada oito dias. Desse modo, praticamente impossível que as partículas tivessem migrado para a Europa e resistido na atmosfera desde o acidente no Japão em março.
No momento, as autoridades trabalham com duas grandes hipóteses. Ou o iodo 131 provem de uma usina nuclear ou de um reator usado em pesquisas. Ou o isótopo radioativo, que é usado em tratamento de câncer, teria escapado de algum laboratório sem ter sido detectado.
Apesar do mistério sobre a origem, a Agência Internacional de Energia Atômica afirma que, com essa concentração, as partículas de iodo não oferecem perigo à saúde. Nas próximas semanas, uma equipe de técnicos vai coletar dados em diferentes países europeus para tentar determinar o trajeto desde o ponto de partida na nuvem.
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