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França/ Defesa

Sarkozy e Cameron discutem cooperação militar em Paris

O presidente francês Nicolas Sarkozy recebe nesta sexta-feira no Palácio do Eliseu o primeiro-ministro britânico David, para uma mini-cúpula que tem como principal tema a cooperação militar e nuclear. Os líderes também vão anunciar o lançamento de uma aeronave teleguiada de combate.

O presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro britânico David Cameron, na manhã desta sexta-feira no Palácio do Eliseu.
O presidente francês Nicolas Sarkozy e o primeiro-ministro britânico David Cameron, na manhã desta sexta-feira no Palácio do Eliseu.
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O projeto comum tem o objetivo de reforçar as relações entre França e Reino Unido em matéria de defesa e, segundo a imprensa francesa, preparar o pós-Rafale e o pós-Eurofighter. O anúncio acontece duas semanas depois da compra de 126 aeronaves Rafale, da Dassaut, pela Índia, contrato estimado em 12 bilhões dólares.

Em novembro de 2010, Paris e Londres assinaram os acordos de Lancaster House, um pacto sem precedentes que prevê uma aproximação nas negociações nucleares e em outros projetos convencionais, como a criação de um corpo expedicionário comum.

França e Reino Unido, que garantem 60% das despesas militares da União Europeia, esperam que esta cooperação bilateral diminua os efeitos dos cortes orçamentários causados pela crise. Além disso, também querem garantir o status de potências mundiais e membros permanentes do Conselho de segurança da Onu.

O acordo foi motivado por certo desinteresse dos Estados Unidos pela Europa. Washington passou a se interessar estrategicamente pela Ásia, colocando em risco a relação com Londres. O retorno da França no comando integrado da Otan também facilitou a reaproximação.

Mas se a cooperação sobre as questões nucleares avança entre os dois países, os projetos na área convencional têm mais dificuldade de se concretizar. O clima entre Londres e Paris ficou pesado depois que Cameron rejeitou, em dezembro, o novo tratado europeu sobre a crise. O exército britânico também não está investindo a energia necessária no novo projeto, já que está desmoralizado pelas novas restrições orçamentárias e pela situação no Iraque e no Afeganistão.

A questão agora, segundo especialistas, é como separar as relações de defesa das questões políticas, principalmente para protegê-las nas próximas eleições.
 

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