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Rússia/ Eleições

Em campanha, Putin promete reforçar Exército russo

Vladimir Putin afirmou nesta segunda-feira que a Rússia precisava reforçar seu Exército para se proteger contra as tentativas estrangeiras de reacender novos conflitos em suas fronteiras. O primeiro-ministro russo, candidato nas eleições presidenciais do dia 4 de março, explica em um artigo publicado no jornal oficial Rossiskaia Gazetta, que vai gastar 23.000 bilhões de rublos (aproximadamente 1.346 bilhões de reais) para modernizar a defesa do país durante a próxima década.

Manifestação em apoio à candidatura de Vladimir Putin, em Moscou, no sábado (18).
Manifestação em apoio à candidatura de Vladimir Putin, em Moscou, no sábado (18). Reuters
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“Novos conflitos regionais e locais estão sendo reacesos diante de nossos olhos”, escreveu. “Existem tentativas de provocar tais conflitos perto das fronteiras da Rússia e de nossos aliados”, disse ele, sem precisar a quais ameaças fazia referência. Ele afirmou que quer que as Forças armadas russas sejam mais profissionais e  polivalentes.

Desde o desaparecimento da União Soviética em 1991, o Exército do país passou pour uma década de cortes orçamentários antes que Putin mudasse esta tendência durante seus dois mandatos presidenciais de 2000 a 2008.

O ex-oficial do KGB, que poderia voltar a ser eleito por seis anos, se apresenta como garantia de estabilidade e de solidez do governo.

Manifestações vêm acontecendo no país desde as eleições legislativas em dezembro contra Putin, que acusa as potências estrangeiras de ajudar a oposição a organizar manifestações contra seu governo.

Ele estima que a Rússia, que vetou a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria no começo do mês, deve poder contar com um Exército forte para que sua posição seja respeitada por outros países.“Nestas condições, a Rússia não pode depender unicamente de meios diplomáticos e econômicos para resolver um conflito”, afirmou o dirigente.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, reencontrou nesta segunda-feira, líderes da oposição para tratar das reformas do sistema político depois das manifestações contra Vladimir Putin.

O ex-vice primeiro-ministro Boris Nemtsov e o dirigente do movimento de extrema esquerda, Serguei Oudaltsov, participaram do encontro que aconteceu na residência oficial de Gorki, na periferia de Moscou. Oudaltsov afirmou que pediria ao presidente que as eleições fossem adiadas por pelo menos dois anos, até que a reforma política seja concluída.

Já Nemtsov explicou à Rádio Echo de Moscou, que pediria ao chefe de Estado a libertação de 37 prisioneiros políticos e pediria uma modificação da Constituição impedindo a candidatura à três mandatos no Kremlin. Este será o caso de Putin se for eleito no dia 4 de março.
 

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