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Portugal/Crise

Portugal elimina quatro feriados para combater a crise

Para enfrentar a crise econômica, o governo português decidiu eliminar quatro dias feriados do calendário. Dois feriados são religiosos e dois são civis. A medida passa a valer a partir do ano que vem em caráter temporário por um período experimental de cinco anos.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho (dir), ao lado do ministro de Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho (dir), ao lado do ministro de Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Reuters/Rafael Marchante
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A partir de 2013, os portugueses vão ter mais horas de trabalho durante o ano. Os ministérios da Economia e das Relações Exteriores de Portugal anunciaram a suspensão de dois feriados civis e outros dois religiosos. A mudança no calendário já era prevista na reforma do código do trabalho, adotada pelo Parlamento no final de março, mas a decisão só foi tomada nesta semana depois de muita negociação com a Santa Sé.

Pelos próximos cinco anos, o feriado de Corpus Christ será comemorado apenas no domingo seguinte à data oficial e o Dia de Todos os Santos, que continua a ser festejado no dia 1º de novembro, deixa de ser um feriado. As datas festivas de 5 de outubro e 1º de dezembro, em comemoração ao dia da República e à Independência do país em relação à Espanha, também não são mais feriados. A nova medida tem o objetivo de impulsionar o crescimento econômico de Portugal.

O governo português promete reavaliar a suspensão desses feriados dentro de cinco anos, após analisar se a mudança realmente amenizou os impactos da crise da zona do euro que hoje afundam o país. O secretário-geral da central sindical CGTP, Arménio Carlos, declarou ao jornal português Público que a redução dos feriados representa “uma volta ao feudalismo”. Na sua avaliação, a medida visa apenas “reduzir os rendimentos dos trabalhadores” e não vai trazer “desenvolvimento da economia, nem a competitividade das empresas”.
 

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