"Incautos e ufanistas ainda acham que as Cúpulas do G20, que reúnem as principais economias do planeta, foram criadas para associar os governos das economias emergentes às decisões em matéria de governança internacional. Ledo engano! Desde o início, a Europa e os Estados Unidos, acossados pela crise financeira mundial, promoveram o G20 como um foro para educar e convencer os emergentes a aceitarem os princípios e regras básicas para o bom funcionamento da economia global... Rapidamente, os dirigentes europeus e americanos descobriram que chineses, indianos ou brasileiros não tinham nem consenso entre si, nem uma proposta ou visão geral de como organizar a economia global. Fora reivindicar mais poder dentro das instituições internacionais, como o FMI ou o Banco Mundial, os emergentes contentam-se em exigir que as grandes potências industrializadas do Norte ponham a casa em ordem formulando generalidades como crescimento com distribuição de renda, criação de empregos e equilíbrio macroeconômico...O G20 foi murchando rapidamente e está virando um clube onde americanos e europeus, que ressuscitaram o velho G7, vêm apresentar os seus planos e decisões e costurar consensos com os grandes e pequenos emergentes."Ouça a crônica de política internacional de Alfredo Valladão.
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