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Imprensa francesa

Jornal francês relativiza sucesso das UPP no Rio de Janeiro

O jornal Libération aproveitou a ida da enviada especial Chantal Rayes à Rio+20 para fazer uma reportagem sobre a situação das favelas cariocas.

Garoto come sanduíche em frente à tanque do exército recoberto de pão, simbolizando a ausência de violência na favela de Santa Marta, Rio de Janeiro, pacificada pelas UPPs.
Garoto come sanduíche em frente à tanque do exército recoberto de pão, simbolizando a ausência de violência na favela de Santa Marta, Rio de Janeiro, pacificada pelas UPPs. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Adriano Pereira, responsável pela segurança durante a cúpula, disse à reportagem do Libération que o Rio de Janeiro vive em paz, e as favelas não são mais um fator de risco no planejamento da segurança na cidade. Porém, o capitão da UPP do complexo do Alemão Vinicius Apolinario afirma que a polícia não é bem vista pelos moradores das favelas e os enfrentamentos acabam fazendo "vítimas colaterais".

O sociólogo Ignacio Cano, especialista em violência, foi entrevistado pelo jornal francês. Ele confirma que a instalação das unidades de polícia de proximidade, fórmula que os franceses conhecem, ajudou a reduzir os homicídios, a limitar a ação dos narcotraficantes, mas não resolveu definitivamente os problemas. "É impossível levar a polícia para todas as favelas", diz o sociólogo.

Cano relativiza o sucesso da iniciativa das autoridades locais dizendo que a maior parte das UPP está localizada em favelas próximas de pontos turísticos, nos arredores de instalações da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. A polícia não entrou ainda nas favelas mais violentas, declara o sociólogo. "A lógica da pacificação é ditada pelo calendário esportivo", conclui.
 

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