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França/14 de julho

Hollande diz que plano de demissões da Peugeot é inaceitável

O presidente francês concedeu, neste sábado, sua segunda entrevista à televisão francesa depois de sua eleição em maio. François Hollande afirmou que o plano de demissões do grupo Peugeot Citroën é inaceitável e prometeu uma “intervenção”. Sobre a recente polêmica envolvendo sua companheira, Valérie Trierweiler, o presidente disse que “assuntos privados devem ser resolvidos em privado”.

François Hollande em entrevista a televisões francesas neste sábado (14). O chefe de Estado marcou sua oposição ao plano de demissões da Peugeot.
François Hollande em entrevista a televisões francesas neste sábado (14). O chefe de Estado marcou sua oposição ao plano de demissões da Peugeot. France Télévisions
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Em uma entrevista dada aos principais canais de televisão francesa durante as celebrações da queda da Bastilha, François Hollande falou sobre o plano do grupo Peugeot Citroën, segundo construtor europeu, que acabou de anunciar o fechamento de fábricas na França e o corte de 8 mil empregos. O presidente afirmou que o plano de reestruturação é “inaceitável” e que deve ser “renegociado”.

O chefe de Estado se mostrou particularmente severo com relação à direção do grupo, acusada de ter adiado o anúncio do plano para depois das eleições presidenciais. De acordo com Hollande, um especialista foi encarregado de examinar as decisões do grupo. O presidente francês reconheceu que o governo não pode evitar o fechamento das fábricas, mas afirmou que pode agir oferecendo “formações profissionais”. Ele garantiu que o emprego e a “recuperação produtiva” e industrial são prioridades em seu governo assim como a redução da dívida.

Com relação à crise da zona do euro, Hollande repetiu sua oposição à introdução na Constituição francesa de uma “regra de ouro”, para controlar as contas públicas. Ele precisou que isso seria feito através de uma “lei orgânica”.

Vida privada

O presidente também foi interrogado pelos jornalistas sobre a polêmica gerada pelo tuíte de sua companheira, Valérie Trierweiler, apoiando o adversário de Ségolène Royal, ex-esposa de Hollande, durante as eleições legislativas. O presidente afirmou que pediu, tanto a ela quanto a seus próximos, de tratar “em privado” os “assuntos da vida privada”.

“Os franceses querem que as coisas sejam claras, que o Estado seja dirigido por quem eles escolheram e que não haja interferências”, acrescentou. Quando os jornalistas perguntaram sobre a possibilidade deste tipo de situação se reproduzir, o chefe de Estado respondeu com um “não” categórico.

O presidente também afirmou que não existe um status de primeira-dama, questionado recentemente por sua companheira. “Valérie quer continuar sua atividade profissional. Eu entendo. Por isso, ela estará a meu lado quando o protocolo exigir”, declarou Hollande, reconhecendo que “não é fácil ocupar este lugar” e que “devem existir regras”. Valérie Trierweiler é jornalista da revista Paris Match.

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