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O Mundo Agora

Voto latino vai pesar mais na política interna e externa dos EUA

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“Nos últimos vinte anos, depois do final da Guerra Fria, a política americana na América Latina pode ser resumida pela famosa fórmula de Albert Einstein: EM=C2: Energia, Migrações e Cocaína ao quadrado. Pode até parecer bastante redutor, mas a verdade é que os países latino-americanos estão todos muitos longe das grandes zonas estratégicas do mundo. Eles não ameaçam ninguém e também não são ameaçados seriamente por ninguém. Do ponto de vista econômico, e apesar de toda a retórica anti-americana, a América Latina no seu conjunto continua sendo o maior parceiro comercial dos Estados Unidos.Até a Venezuela chavista continua dependendo do mercado estadunidense para vender a sua única riqueza nacional, o petróleo. Portanto, tirando o tráfico de drogas e o medo de fluxos migratórios incontrolados, a preocupação dos dirigentes norte-americanos com a cambada ao sul do Rio Grande é bastante limitada.Mas depois da reeleição de Obama, isso pode mudar. No futuro, ninguém poderá mais ganhar a Casa Branca sem ganhar o voto dos eleitores de origem latina. Hoje eles representam 11% do corpo eleitoral e essa porcentagem vai continuar aumentando. Obama papou mais de 70% dos votos latinos e sem isso ele teria perdido vários Estados chaves. Os próprios dirigentes do Partido Republicano já começaram a declarar publicamente que se o partido não abandonar as suas posições intransigentes e continuar proclamando que a única solução é a expulsão dos 11 milhões de imigrantes ilegais no país, nunca mais vai chegar a Presidência da República”. Clique acima para ouvir a crônica de política internacional de AlfredoValladão. 

Cartaz em uma seção eleitoral na cidade de Milwaukee no Estado de Wisconsin no dia da eleição presidencial.
Cartaz em uma seção eleitoral na cidade de Milwaukee no Estado de Wisconsin no dia da eleição presidencial. REUTERS/Sara Stathas/Files
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