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Fato em Foco

20 anos depois, tem quem ache que massacre do Carandiru foi certo

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Depois de ser adiado duas vezes, o julgamento de 26 policiais envolvidos no massacre no presídio do Carandiru começa nesta segunda-feira, no Tribunal do Júri, em São Paulo. Quase 21 anos depois dos crimes, eles respondem por 15 assassinatos ocorridos no pavilhão 9 da penitenciária, de um total de 111 vítimas da chacina, conhecida internacionalmente.

No aniversário de 20 anos do massacre do Carandiru, em 2012, associações fizeram protestos.
No aniversário de 20 anos do massacre do Carandiru, em 2012, associações fizeram protestos. Flickr/ Creative Commons
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De 1992 para cá, o Brasil mudou muito - mas a situação degradante das prisões, estopim da rebelião que resultou no massacre, só piorou. O sociólogo Marcos Rolim, ex-presidente Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e especialista no sistema prisional brasileiro, lamenta ainda mais o fato de que boa parte da população ainda apoia o uso da violência contra prisioneiros.

O promotor Fernando Pereira da Silva, que tenta a condenação dos 26 policiais à pena máxima de 30 anos de prisão. Como o julgamento é um júri popular, ele concorda que a ideia de que "bandido bom é bandido morto" pode prejudicar a acusação.

O comandante das operações no Carandiru, coronel Ubiratan Guimarães, foi julgado e inocentado, e assassinado em 2006. Até hoje, ele foi o único a responder pelo massacre.

A advogada dos réus no processo, Ieda Ribeiro de Souza, baseia-se no argumento de que não existe uma testemunha ocular dos crimes e de que não é mais possível saber quem matou quem, o que no direito é conhecido como princípio da individualização de conduta de cada réu.

 

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