Acusado de atentado de Boston alega inocência

O adolescente Djokhar Tsarnaev se delcarou inocente, em sua primeira audiência para responder pelo atentado que, no último dia 15 de abril, causou a morte de três pessoas e deixou 264 feridos, durante a maratona de Boston. Entre as 30 acusações que pesam contra ele, 17 são passíveis de pena de morte ou prisão perpétua.

Policiais bloqueiam acesso a Tribunal onde Djokhar Tsarnaev é julgado pelos atentados de Boston REUTERS/Brian Snyder

A segurança do Tribunal Federal da cidade teve de ser reforçada com barras de metal e um exército de jornalistas esperava pelo suspeito. Alguns chegaram com seis horas de antecedência, para tentar um lugar na pequena sala do quinto andar do prédio. Mas era tanta gente, que foi preciso abrir uma segunda sala, com transmissão ao vivo em áudio e vídeo.

Foi desta sala que a maioria dos jornalistas viu Tsarnaev, vestido em uniforme laranja de presidiário, com mãos e pés algemados, se declarar inocente seguidas vezes. Todas as vítimas foram avisadas da audiência, mas várias preferiram não comparecer. Algumas das que foram queriam simplesmente entender a cabeça do jovem.

Naturalizado americano no ano passado, Tsarnaev vive em Boston há dez anos. Ao lado de seu irmão mais velho, Tamerlan, ele é acusado de montar e disparar as duas bombas-relógio artesanais, repletas de pregos e fragmentos de metal pra aumentar o dano.

Tamerlan morreu em confronto com a polícia em 18 de abril. Quando foi preso, Djokhar estava escondido num barco no jardim de uma casa na periferia de Boston, gravemente ferido e desarmado. Numa parede interna do barco, ele escreveu que "o islã é um só corpo" e que o mal que se faz a um muçulmano é sentido por todos.