Se dinheiro provavelmente nunca vai não dar em árvore, agora pelo menos árvores vão nascer sobre o dinheiro do Brasil. Um projeto-piloto que transforma cédulas antigas em adubo vegetal recebe o apoio do Banco Central.
Este pode ser o futuro das 2 bilhões de toneladas de reais que são trituradas anualmente em todo o país, após fazer a alegria ou a infelicidade dos brasileiros por anos até serem extraviados. São 2,3 milhões de notas retiradas de circulação e que viram lixo.
O projeto, de coordenação do pesquisador Carlos Costa, do Instituto Socioambiental e de Recursos Hídricos da Universidade Federal Rural da Amazônia, visa reaproveitar um material que era jogado em lixões ou incinerado. Somente no Estado do Pará, 13 toneladas de cédulas são destruídas por mês no escritório regional do Banco Central. Costa explica que análises foram feitas para garantir que as tintas usadas na fabricação das cédulas não são poluentes ao solo.
O resultado, garante o pesquisador, é um adubo tão bom quanto qualquer outro. O fertilizante é fabricado e utilizado por pequenos produtores da região de Belém. A Política Nacional de Resíduos Sólidos entrará em vigor no ano que vem e vai proibir o Banco Central de jogar as notas em aterros sanitários. Vários projetos estão sendo analisados pelo Brasil e do Pará é um dos favoritos. O resultado sai em novembro.
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