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Aposentadoria milionária e acidente no Itaquerão em destaque nas manchetes

Os jornais de hoje dão amplo destaque a um caso de aposentadoria milionária que se tornou indecente em tempos de crise. Nesta quarta-feira, o presidente do grupo francês PSA, fabricante dos carros Peugeot e Citroen, renunciou a uma aposentadoria milionária de 21 milhões de euros, a bagatela de 67 milhões de reais. O acidente no estádio Itaquerão, que deixou dois operários mortos ontem em São Paulo, também recebe destaque nos jornais.

Philippe Varin, presidente da montadora PSA Peugeot Citroën.
Philippe Varin, presidente da montadora PSA Peugeot Citroën. REUTERS/Charles Platiau
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Os trabalhadores do grupo PSA Peugeot Citroen, sujeitos a planos de demissão e congelamento de salários, estavam revoltados com esse prêmio considerado injusto para o executivo Philippe Varin, acusado ainda por cima de má gestão. Após dois dias de pressão na mídia, o executivo renunciou ao benefício.

 "O homem que não vale 21 milhões de euros", diz a manchete do jornal Le Parisien. O diário afirma que essa aposentadoria especial chamada de "chapéu", no jargão francês, era "mais um privilégio indevido do que uma recompensa justa, senão o executivo Philippe Varin não teria renunciado com tanta facilidade".

O mais revoltante nesta história, como sublinha a imprensa, é que o executivo entrou no grupo PSA em 2009 e o balanço de sua gestão apís quatro anos de trabalho no grupo é uma sucessão de erros estratégicos, a perda de um terço do valor das ações da montadora na Bolsa e a demissão de 11 mil trabalhadores, sem falar na ajuda financeira recebida dos cofres públicos.

O Le Parisien questiona por quanto tempo esse tipo de remuneração ainda vai ser aceito e aprovado nos conselhos de administração.

O jornal comunista L'Humanité diz que os deputados franceses estudam criar uma lei com regras mais rígidas para limitar a existência desses salários e aposentadorias astronômicos.

Mortes no Itaquerão

O acidente que matou ontem dois operários nas obras do Itaquerão, que deve sediar a abertura da Copa do Mundo no Brasil, chamou a atenção da mídia.

O canal 2 da tevê francesa evocou o ritmo frenético das obras devido ao atraso no calendário prometido à Fifa. "Em São Paulo, 1.500 trabalhadores se revezam dia e noite para finalizar o estádio."

O jornal L'Equipe lembra que os preparativos do Mundial no Brasil têm agora quatro vítimas, já que em março e junho passados outros dois operários morreram em quedas nos canteiros de obras da Arena Amazonas, em Manaus, e no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Homenagem a Nilton Santos

O L'Equipe lamenta a morte de Nilton Santos, ontem no Rio de Janeiro, descrito como "um dos maiores zagueiros da história do futebol mundial". O diário esportivo escreve que ontem, enquanto Thiago Silva garantia a defesa do PSG na Liga dos Campeões contra o Olympiacos "com a classe habitual", os comentaristas esportivos que assistiam o jogo no estádio Parc de Princes "viram por um instante as silhuetas de Thiago Silva e Nilton Santos se fundir na imagem do zagueiro perfeito". Homenagem do L'Equipe a Nilton Santos.
 

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